Após a devastadora queimada que consumiu 120 hectares no Pico das Cabras em setembro de 2024, o distrito de Joaquim Egídio recebeu um novo reservatório de água, vital para o combate a incêndios. A instalação, realizada na manhã desta sexta-feira (16), visa fortalecer os esforços contra futuros incêndios durante o período de estiagem.
A estrutura, feita de fibra de vidro, possui uma capacidade de armazenamento de até 100 mil litros de água, localizada próxima ao Observatório Municipal Jean Nicolini. Essa instalação é estratégica, pois o observatório foi ameaçado pelas chamas que destruíram uma ampla área de vegetação no ano passado. Apesar da proximidade do incêndio, o edifício ficou preservado, mas o Museu Aberto de Astronomia, vizinho ao observatório, sofreu os efeitos do fogo.
Em setembro de 2024, a emergência durou cinco dias, durante os quais a Secretaria de Serviços Públicos utilizou quatro caminhões de água em um único dia, além de máquinas para abrir aceiros, uma técnica que evita a propagação das chamas. A Defesa Civil informou que a área afetada correspondeu apenas à parte cadastrada do Pico das Cabras em Campinas, mas o incêndio também se alastrou para terrenos em Morungaba e Itatiba, ambas cidades do estado de São Paulo.
O impacto ambiental foi significativo, resultando em uma multa de R$ 6,7 milhões a um homem de 47 anos, responsável pelo ato criminoso de colocar fogo na vegetação da região. Segundo a Polícia Ambiental, Régis Cristian da Silva, que segue preso, causou danos a 987 hectares de vegetação nativa e exótica. Assessores da defesa de Régis não foram encontrados para comentar o caso.
Colocar fogo em mato é considerado crime ambiental e representa riscos severos para a fauna, flora e a população local. Para reportar qualquer atividade suspeita ou queimar em áreas restritas, os cidadãos são encorajados a contatar a Guarda Municipal ou a Polícia Militar, além de acionarem o Corpo de Bombeiros em caso de incêndio.
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