A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do influenciador Ricardo Godoi, ocorrida em janeiro, afirmando que o médico responsável pela anestesia geral agiu com negligência. O profissional foi indiciado por homicídio culposo, um desdobramento que levanta questões sobre a responsabilidade médica em procedimentos que envolvem risco anestésico.
Godoi, de 46 anos, faleceu após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante a aplicação de anestesia geral para realizar uma tatuagem. As investigações revelaram que o anestesista não solicitou exames essenciais que poderiam indicar riscos à saúde do paciente. A análise subsequente revelou que Godoi tinha hipertrofia no coração, condição crítica que não foi considerada antes da anestesia.
O inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público de Santa Catarina. A investigação indicou que, se os exames requisitados tivessem sido feitos, a morte do influenciador poderia ter sido evitada. A Polícia Civil expressou a convicção de que a falta de atenção na preparação do procedimento contribuiu diretamente para o incidente fatal.
O influenciador morreu no Hospital Dia Revitalite, onde foi conduzido após a parada cardíaca. O hospital emitiu uma nota esclarecendo que forneceu apenas a sala operatória e os equipamentos necessários para o procedimento. O corpo de Godoi chegou a ser exumado para realização de exames posteriores, uma vez que não havia passado pelo exame cadavérico na ocasião de sua morte.
Com a conclusão do inquérito, cabe agora ao Ministério Público decidir se apresentará uma denúncia formal contra o anestesista. O delegado responsável pela investigação, Aden Claus, não divulgou detalhes adicionais sobre as conclusões. O exame pericial confirmou a hipertrofia do coração e a suspeita de uso de anabolizantes foi reconhecida pela família, embora não tenha sido corroborada pelo laudo.
Segundo o estúdio de tatuagem, Godoi sofreu a parada cardiorrespiratória antes mesmo do início da tatuagem. A equipe médica foi mobilizada rapidamente para tentar reanimá-lo, porém, sem êxito. O caso levanta discussões relevantes sobre a necessidade de um acompanhamento rigoroso e avaliações médicas adequadas antes de procedimentos estéticos riskosos.