Veterinários investigam a morte de nove cavalos e adoecimento de 120 em haras de Indaiatuba.; Reprodução: Globo
Nove cavalos morreram e ao menos 120 adoeceram em um haras localizado em Indaiatuba, São Paulo, levantando preocupações sobre intoxicação alimentar entre os animais. A situação se agravou em um mês, levando veterinários a investigarem as causas das mortes.
A Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente da cidade realizou uma vistoria no haras e afirmou que não foram encontradas irregularidades nas baias, nas áreas de manejo ou no armazenamento da ração. Durante a inspeção, os técnicos observaram que os cavalos apresentaram sinais de intoxicação alimentar. Todos os animais passaram por exames de sangue, cujos resultados devem ser divulgados ao longo da semana.
O advogado de um dos haras sinalizou que os casos podem estar relacionados à febre de Potomac (PHF), que afetou pelo menos 30 cavalos no estado nos últimos 18 meses, conforme informações do Hospital Veterinário da Unesp. Contudo, o professor doutor Jose Paes de Oliveira Filho, da mesma instituição, indicou que não há relação entre os casos em Indaiatuba e a PHF, cujos sintomas principais incluem diarreia, e que a doença é transmitida apenas por meio da ingestão de insetos aquáticos infectados.
A primeira morte dos cavalos foi registrada em 23 de abril, seguida por outra em 30 do mesmo mês. Veterinários relataram que a análise clínica dos animais revelou desânimo e alterações hepáticas. De acordo com a análise dos sinais apresentados, a suspeita mais forte indica intoxicação alimentar, já que todos os cavalos tinham acesso à mesma ração e apresentaram sintomas semelhantes.
Os tratamentos estão sendo realizados utilizando soro e medicamentos, e a ração e o feno oferecido aos animais também foram trocados. Os cavalos eram alojados em baias separadas, e o responsável pelo haras assegurou que a alimentação utilizada é a mesma há cinco anos, sem relatos de qualquer tipo de adoecimento anterior.
A situação continua a ser monitorada, e as autoridades de saúde animal permanecem atentas aos desdobramentos, já que a segurança alimentar é crucial para evitar novas ocorrências de adoecimento entre os cavalos da região.
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