Santa Catarina realizou neste domingo um grande simulado, que teve a participação de 256 municípios, visando integrar forças estaduais no enfrentamento de desastres naturais. A operação, considerada a maior do Brasil, começou às 9h15 com a notificação da população via celular.
A Defesa Civil informou que o simulado abrange doze tipos de desastres, incluindo alagamentos, deslizamentos e inundações. Cada município teve a liberdade de escolher a situação a ser treinada. O evento não apenas envolveu órgãos como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, mas também incentivou a participação da população das áreas afetadas.
Logo após o disparo do alerta, as equipes locais iniciaram a evacuação de áreas de risco, a ativação de abrigos temporários e a mobilização de equipes de resposta. O exercício incluiu situações práticas, como o treinamento de resgate e cadastramento em abrigos, para melhorar a eficiência da resposta em caso de emergência.
Um dos focos foi a simulação em Itajaí, que incorporou o atendimento à população durante uma enchente. A Defesa Civil reforçou que a atividade é essencial para a preparação e para a identificação de áreas vulneráveis.
Durante todo o evento, também foram realizadas reuniões para a avaliação de danos e definição de prioridades. O treinamento, segundo o secretário da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, Mário Hildebrandt, é uma oportunidade para corrigir deficiências e preparar melhor os municípios para situações reais.
A Defesa Civil destaca o histórico de Santa Catarina frente a desastres climáticos, como as enchentes e deslizamentos, cujos impactos têm sido cada vez mais severos. Apenas nesta semana, dois tornados foram registrados no estado, evidenciando a necessidade da constante preparação e treinamento.
Além de Itajaí, outras cidades como Florianópolis e São José também realizaram seus simulados com sucesso. Em Florianópolis, a simulação foi focada nas dificuldades enfrentadas com as chuvas intensas de janeiro, com evacuação e instalação de abrigos temporários. Já em São José, o exercício consistiu na simulação de chuvas intensas que exigiram a evacuação de moradores e a instalação de pontos de ajudajamento.
Tubarão, por sua vez, simulou uma inundação no Bairro KM 60, cenário marcado por graves danos em 2022. O simulado pauta-se por um roteiro que reproduz a evolução real de desastres, iniciando pelo estado de atenção e culminando em medidas de emergência.
A realização dessas simulações também abriu espaço para revisão de protocolos e melhorias nos sistemas de comunicação. O evento ajudou não apenas na prática, mas na atualização de bases de dados e identificação de lacunas operacionais que possam haver nas respostas a desastres naturais.
A integração entre a população e os órgãos de defesa civil se mostrou essencial para o fortalecimento das estratégias de resposta à emergência, garantindo que todos estejam melhor preparados para lidar com situações de risco no futuro.