Legenda da imagem. Reprodução: G1
O ex-vereador Rafael Barreto, envolvido em um plano de assassinato, acaba de ser condenado por corrupção passiva, em um desdobramento que expõe ainda mais a corrupção política em São Vicente, no litoral de São Paulo. A sentença foi proferida pelo Tribunal de Justiça (TJ-SP) e revela que Barreto recebeu uma quantia em dinheiro para votar na Presidência da Câmara Municipal entre 2012 e 2013.
A pena fixada para o ex-vereador foi de dois anos e oito meses de reclusão, em regime inicial aberto, além de uma multa correspondente a 13 dias de salário mínimo, totalizando cerca de R$ 19,7 mil. Em outra vertente do caso, o ex-vereador Marcelo Correia, que foi executado em 2024, teve sua punibilidade extinta, pois a lei prevê que ações legais não podem prosseguir contra indivíduos falecidos.
De acordo com o documento judicial, a condenação se sustenta no argumento de que Barreto, Correia e outros quatro vereadores foram pagos para apoiar um determinado candidato à presidência da Câmara. A relatora do processo, Ely Amioka, questionou a plausibilidade de que seis vereadores necessitassem de empréstimos pessoais no mesmo período, evidenciando a troca de favores ilícitos.
Além do caso de corrupção, Rafael Barreto foi denunciado por sua ex-esposa, Jaqueline de Carvalho Barreto, por supostamente planejar o assassinato do vereador Emerson Camargo dos Santos. Jaqueline revelou que o alvo do plano seria ela mesma, na intenção de assumir o cargo de vereadora na Câmara de Praia Grande, onde é suplente.
Após a denúncia, Jaqueline obteve uma medida protetiva contra Barreto e registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher. Durante a apuração dos fatos, o vereador Emerson confirmou que já havia recebido informações preocupantes sobre a segurança dele, incluindo uma ligação de alerta de um amigo próximo.
No contexto trágico envolvendo a política local, Marcelo Correia foi assassinado em plena luz do dia, dentro de uma padaria, em setembro de 2024. O ocorrido chocou a comunidade, e os detalhes do crime ainda são investigados pela polícia.
Este caso revela problemas sérios na política da região de São Vicente, levantando questões sobre a ética e a moralidade no exercício de cargos públicos. A condenação de Barreto por corrupção passiva e os desdobramentos do plano de assassinato apontam para um cenário alarmante que afeta a confiança da população nas instituições políticas.