Pedro Sánchez discursa no Congresso durante sessão política importante. Reprodução: El País
O ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, apresentou sua defesa no Congresso em relação à controvertida aquisição de 15 milhões de balas para a Guarda Civil, originárias de uma empresa israelense, durante um momento crítico da guerra em Gaza, com um investimento de 6,8 milhões de euros. Marlaska enfatizou que sua decisão, desautorizada em 24 de abril pelo presidente Pedro Sánchez, resultou apenas de “desajustes ou erros pontuais”.
O ministro reconheceu que a compra provocou tensão no Governo de coalizão, especialmente com o partido Sumar, que expressou publicamente seu desconforto, replicado por outros partidos da base de apoio, incluindo EH Bildu, ERC e BNG. Sua apresentação foi solicitada por esses três partidos, indicando a relevância do tema.
Durante sua intervenção, Marlaska afirmou que a situação relacionada à compra está em processo de resolução, prometendo uma ação coordenada e eficaz do governo, embora sem fornecer detalhes específicos. Curiosamente, conforme o portal de contratações governamentais, o contrato com a Guardian Homeland Security ainda estava ativo na quarta-feira, sem indicações de um novo processo licitatório para a mesma munição.
Além disso, o ministro não abordou a concessão de uma nova licitação à mesma empresa para o fornecimento de cerca de 500 placas balísticas de alta proteção. Ele defendeu que esse material, essencial para a segurança, não deve ser classificado como armamento, mas sim como equipamento de proteção para as forças de segurança.
Marlaska reafirmou seu compromisso com a causa palestina e a paz na região, enfatizando que “o governo espanhol não irá contratar armamento de empresas israelenses”. Ele garantiu que esta política será estritamente respeitada, evidenciando a posição do governo em um contexto internacional complexo.