Estudo revela aumento de mortes por câncer relacionado ao álcool nos EUA entre 1990 e 2021. Reprodução: Globo
Os dados mais recentes revelam que o número de mortes por cânceres relacionados ao consumo de álcool nos Estados Unidos dobrou entre 1990 e 2021. Esse aumento significativo saltou de 11.896 para 23.207 óbitos anuais.
O estudo foi apresentado nesta quinta-feira na conferência anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) em Chicago e se baseia em uma análise detalhada dos dados do Global Burden of Disease (GBD). O relatório destaca que tanto homens quanto indivíduos com mais de 55 anos são os grupos mais afetados por essa preocupante estatística.
As taxas de mortalidade variam por região, sendo Washington, D.C., o lugar com a maior taxa de mortalidade por cânceres relacionados ao álcool, enquanto Utah tem a menor. Essa disparidade ressalta a importância de estratégias de saúde pública que considerem as particularidades locais.
Apesar de um aumento na conscientização sobre o álcool como um fator de risco para o câncer, os dados refletem que ele continua a ser um contribuinte significativo para os óbitos relacionados à doença. Os pesquisadores enfatizam a necessidade urgente de iniciativas de prevenção e ampliação da conscientização sobre os riscos associados ao consumo de álcool.
O álcool é reconhecido como um fator de risco para uma variedade de tipos de câncer, incluindo câncer de mama, fígado, estômago, esôfago, colorretal e certos cânceres de cabeça e pescoço. A Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC) classifica o álcool como carcinógeno do Grupo 1, demonstrando que existem evidências suficientes de que ele causa câncer em humanos.
Os autores do estudo afirmam: "Nossos achados destacam a necessidade crítica de esforços de prevenção direcionados". É imperativo que haja um esforço contínuo para enfrentar o impacto crescente do consumo de álcool na mortalidade relacionada ao câncer.