Página de login do OnlyFans destaca crescimento e interesse de investidores na plataforma. Reprodução: Reuters
O OnlyFans, famoso por permitir que criadores de conteúdo adulto monetizem seu trabalho, pode ser vendido por até US$ 8 bilhões. A Fenix International Ltd, empresa controladora da plataforma, está em negociações com um grupo de investidores liderados pela Forest Road Company, com sede nos EUA. As conversas, que começaram em março, ainda estão em andamento e podem ser finalizadas nas próximas semanas, mas não há garantias de que o acordo será concretizado.
Segundo a Reuters, o crescimento acelerado da plataforma, que teve um faturamento de US$ 6,6 bilhões no ano fiscal encerrado em novembro de 2023, chama a atenção de investidores. Para comparação, em 2020, a receita do OnlyFans foi de apenas US$ 375 milhões. O aumento significativo nas receitas está atraindo o interesse de investidores, apesar dos desafios legais enfrentados pelo site.
A negociação da venda é uma nova tentativa da Forest Road Company, que já havia buscado uma oferta pública inicial (IPO) para o OnlyFans em 2022, mas não obteve sucesso. Atualmente, além da venda para investidores, ainda é considerada essa possibilidade de IPO, embora as conversas estejam sob sigilo.
Um dos principais entraves para a negociação é a natureza do conteúdo hospedado na plataforma. Com foco predominante em conteúdo pornográfico, o OnlyFans enfrenta resistência de instituições financeiras que temem associar-se ao site devido a riscos legais e de reputação. Desde 2019, o OnlyFans foi mencionado em investigações policiais relacionadas a pornografia não consensual e outras atividades ilegais, o que complica ainda mais a realização de auditorias antes do fechamento de qualquer negócio.
O proprietário atual da plataforma, Leonid Radvinsky, um empresário ucraniano-americano que assumiu o controle em 2018, já teria recebido mais de US$ 1 bilhão em dividendos nos últimos três anos. A Forest Road Company, interessada na compra do OnlyFans, é uma firma de investimentos focada em mídias e ativos digitais, estabelecida em 2017. Além disso, a empresa possui participações em setores como energia renovável e, mais recentemente, adquiriu parte majoritária de um banco de investimentos.
Por enquanto, tanto a Fenix International quanto a Forest Road Company preferiram não comentar as negociações, e o futuro do OnlyFans permanece incerto diante das complexidades envolvidas.