A história de Cícero inspira a responsabilidade fiscal e a ética na gestão pública. Reprodução: redação
As figuras históricas de Marco Túlio Cícero e Graciliano Ramos oferecem ensinamentos valiosos sobre a gestão pública e a responsabilidade fiscal, cuja relevância se mantém vivas até os dias atuais. Cícero, que viveu em uma Roma cheia de conflitos, apresentou preceitos sobre a importância da transparência e do uso consciente dos recursos públicos.
Nascido em 106 a.C., Cícero destacou-se em uma época tumultuada ao reconhecer que a estabilidade de qualquer sociedade depende de líderes comprometidos com o bem comum. Ele enfatizava que a gestão eficiente e ética era requisito fundamental para evitar crises e assegurar o progresso sustentável. A sua defesa da responsabilidade fiscal era clara: alertava sobre os riscos do desperdício, das dívidas descontroladas e da corrupção, que poderiam comprometer a república romana.
Entre suas muitas contribuições, Cícero era um verdadeiro advocate da moderação. Ele acreditava que o bom líder deveria dialogar e escutar a população, governando com ética e agindo com transparência. Cícero via a administração pública como um ato de justiça e cuidado. "Um gestor público deve conduzir os recursos como se fossem da própria família", disse ele, enfatizando a responsabilidade com as futuras gerações.
Assim como Cícero, Graciliano Ramos, um dos mais importantes escritores brasileiros, também deixou uma marca significativa em sua gestão como prefeito de Palmeira dos Índios, em Alagoas. Seu legado inclui um relatório que enfatizava a importância de uma administração austera, com foco em combater o desperdício e promover a transparência na gestão pública. Ramos também retratou em suas obras a dura realidade da desigualdade e da corrupção, reforçando a urgência por uma gestão ética e voltada para o próximo.
As lições de Cícero e Graciliano Ramos são um chamado à responsabilidade e à ética na administração pública. Ambas as figuras nos ensinam que a boa gestão vai além de regras e regulamentos, exigindo um forte compromisso moral com a coletividade. A verdadeira riqueza de uma república, como Cícero afirmava, provém da virtude dos seus governantes e do bem-estar do seu povo.
A trajetória de Cícero e Graciliano nos inspira a reavaliar nossa própria abordagem em relação à administração pública. É fundamental lembrar que, independentemente da época, as lições sobre ética, responsabilidade e transparência são essenciais para a construção de uma sociedade justa e sustentável. O legado que deixamos, assim como as lições desses dois grandes pensadores, pode inspirar e moldar o futuro.
"A verdadeira riqueza de uma república nasce da virtude dos seus governantes e do bem-estar de seu povo." – Marco Túlio Cícero
George Santoro