A União Europeia pressiona a Shein por práticas enganosas e ameaça aplicar multas. Legenda da imagem. Reprodução: Mike Kemp/In Pictures via Getty Images
A União Europeia (UE) está ameaçando impor multas à Shein, uma importante plataforma de fast-fashion, por supostas práticas enganosas que incluem anúncios de descontos falsos e informações enganadoras dirigidas aos consumidores.
Na segunda-feira, a Comissão Europeia divulgou uma declaração apontando que a investigação revelou várias práticas da Shein em violação das leis de proteção ao consumidor da UE. Entre as acusações estão a promoção de descontos fraudulentos, pressão em consumidores para compras com prazos de validade falsos, uso de rótulos de produtos enganosos e alegações de sustentabilidade incorretas.
A Comissão destacou também que a Shein não disponibilizava informações de contato adequadas para o atendimento ao cliente e que havia fornecido dados errôneos sobre retornos e reembolsos, sem garantir que estes fossem processados de forma adequada.
Shein tem um prazo de um mês, até 26 de junho, para apresentar um plano de ação que comprove como pretende solucionar essas questões. Se a empresa não atender a esse chamado, poderá enfrentar penalidades financeiras significativas. Contudo, representantes da Comissão Europeia não revelaram os valores potenciais das multas.
A marca já conta com uma sólida presença na UE, atraindo em média 100 milhões de usuários mensais. O impacto desta investigação ocorre em um momento complicado para a Shein, que recentemente aumentou os preços de seus produtos após mudanças nas regras de comércio global e tarifas impostas durante a administração do ex-presidente Donald Trump.
A queda nas vendas da empresa, que já era notável, se acentuou ainda mais a partir de 25 de abril, quando a Shein justificou o aumento nos preços alegando "recentes mudanças nas regras comerciais globais e tarifas". O mercado continua a observar de perto os desdobramentos dessa situação e o possível impacto no futuro da Shein na União Europeia.