Em Maceió, o Comitê de Acompanhamento Técnico inicia uma nova rodada de vistorias nas áreas ao redor do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias. O objetivo desta ação é avaliar se o afundamento do solo tem avançado para residências adjacentes aos bairros já afetados pelo fenômeno.
Até o momento, mais de 200 imóveis foram vistoriados, e a previsão é de que o processo termine na próxima terça-feira, dia 3. As residências estão sendo analisadas em seis áreas diferentes, designadas como Áreas de Trabalho (AT’s).
Hugo Carvalho, membro do Comitê, explica que durante as inspeções em campo, a equipe verifica a presença de rachaduras e fissuras nas estruturas, que tenham características semelhantes às observadas nas regiões afetadas. As informações coletadas são integradas com os dados obtidos através dos equipamentos de monitoramento instalados na área.
Após as vistorias, a equipe diligente se dedica à elaboração de relatórios detalhados. Esses documentos contêm imagens e análises realizadas, e, após a conclusão, o Comitê fornece orientações sobre a possível ampliação do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias, permitindo que a Defesa Civil de Maceió adote as medidas necessárias.
O próximo relatório será divulgado no final do primeiro semestre de 2025 e as visitas continuarão, independentemente da decisão sobre a expansão do Mapa. Os técnicos realizam essas inspeções semestrais nas áreas demarcadas nas adjacências do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias.
Tecnologia de Monitoramento Avançada
O monitoramento conduzido pelos equipamentos tecnológicos fornece um acompanhamento detalhado das possíveis movimentações do solo não apenas nas áreas afetadas, mas também nas adjacentes.
A estrutura tecnológica inclui 92 sistemas de posicionamento global diferencial (DGPS), 26 sismógrafos (sendo 14 na superfície e 12 em profundidade), 13 tiltímetros, 4 inclinômetros, piezômetros, pluviômetros e análises de interferometria por satélite para monitorar deformações mensalmente.
Essas ferramentas são essenciais para que a Defesa Civil de Maceió mantenha um acompanhamento contínuo e preciso da área em questão, permitindo respostas rápidas em situações de risco. Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil Municipal, ressalta que os equipamentos foram fundamentais para detectar, em 2023, a movimentação que estava ocorrendo na Mina 18, o que possibilitou uma intervenção ágil por parte das autoridades.