Presidente Illa discute sentença do Tribunal Supremo sobre obras de Sijena em viagem oficial ao Japão. Reprodução: El País
O presidente da Generalitat da Catalunha, Salvador Illa, afirmou em uma declaração feita em Kobe, Japão, que seu governo não tem intenção de obstruir a execução da sentença do Tribunal Supremo sobre a devolução das obras de Sijena a Aragón. Apesar disso, Illa expressou preocupações quanto ao possível dano às obras durante o traslado, ressaltando que existem opiniões divergentes entre técnicos a respeito do tema.
As pinturas da sala capitular do monastério de Sijena estão atualmente no MNAC e a discussão sobre seu transporte gera tensão entre as autoridades. A conselheira de Cultura já havia mencionado que tal traslado poderia levar a danos irreparáveis às obras, enquanto o presidente de Aragón, Jorge Azcón, pressionou pela execução da sentença, ressaltando que a decisão do Tribunal Supremo é clara em favor do patrimônio cultural aragonês.
Illa informou que estaria enviando uma mensagem ao diretor do MNAC, Pepe Serra, e planejando uma nova conversa com sua conselheira, reiterando a necessidade de preservar o patrimônio. O conselheiro de Presidência, Albert Dalmau, também garantiu que o governo evitará qualquer ação que possa prejudicar a integridade das pinturas.
Ao longo de sua trajetória, Illa sempre demonstrou respeito pelas decisões judiciais e, ao não entrar em confrontos diretos, deixa a cargo do MNAC a última palavra sobre o futuro das obras. Segundo especialistas, cerca de 50% das pinturas são reconstruções, e há preocupações sobre os danos permanentes que poderiam ser causados durante a remoção.
O presidente da Generalitat se manteve cauteloso ao comentar as declarações de Azcón e se esquivou de responder por que Aragón não reivindica outras obras presentes em diferentes museus. Ele enfatizou a importância de garantir que as pinturas murais não sofram danos com a execução da sentença.