Estragos na vila suíça de Blatten após colapso de geleira e desaparecimento de um homem de 64 anos. Reprodução: BBC News Brasil
Na quarta-feira, 28 de maio de 2025, uma parte significativa da geleira Birch desabou, resultando em uma avalanche que destruiu quase completamente o vilarejo de Blatten, na Suíça. Este trágico evento liberou três milhões de metros cúbicos de rochas e gelo, transformando a aprazível vila em um cenário de desolação. Um homem de 64 anos está desaparecido e muitos moradores estão sem lar após a devastação.
Antes do desastre, os 300 moradores de Blatten foram evacuados em 19 de maio, após alertas de glaciologistas sobre a instabilidade da geleira. Apesar da evacuação preventiva, a realidade do desaparecimento e da destruição gera preocupações profundas sobre o futuro desta comunidade. Matthias Bellwald, prefeito da vila, comentou que "o inimaginável aconteceu".
Especialistas têm alertado sobre os riscos de derretimento das geleiras e seu impacto nas comunidades alpinas. A glaciologista Mylene Jacquemart destacou como as mudanças climáticas em regiões de alta altitude estão tornando as encostas mais instáveis, com o aumento das temperaturas proporcionando mais água por meio do degelo.
Equipes de resgate, equipadas com cães farejadores e scanners térmicos, tentaram localizar o homem desaparecido, mas a busca foi interrompida devido à instabilidade dos destroços. As autoridades estão cientes dos riscos de novos deslizamentos, tornando a operação ainda mais desafiadora. A reconstrução da vila enfrentará um longo processo, que pode levar meses ou até anos.
A tragédia em Blatten não é um caso isolado. Comunidades nas áreas alpinas observam ansiosamente, temendo que eventos semelhantes possam ocorrer em suas localidades. As autoridades de Blatten prometeram que a vila será reconstruída, mas a preocupação sobre o impacto contínuo das mudanças climáticas persiste.
A devastação em Blatten serve como um duro lembrete das consequências das mudanças climáticas e da fragilidade das comunidades montanhosas. As imagens mais recentes do satélite capturaram a escala da destruição, aumentando a urgência para soluções que protejam estas áreas vulneráveis.