Mãe cansada estuda e cuida do filho e da mãe durante momentos desafiadores. Reprodução: Business Insider
Uma mulher, que reside na crise da "geração sanduíche", compartilha suas experiências em equilibrar o cuidado da mãe, do filho e a busca por um mestrado em psicologia. Ao longo de sua trajetória, ela se depara com os desafios de ser cuidadora primária da mãe, de 64 anos, que foi internada quatro vezes nos últimos meses e de manter a estabilidade para seu filho de 11 anos.
Trabalhando como servidora pública em uma grande cidade, a autora busca um mestrado em psicologia na Teachers College, da Universidade de Columbia, com foco na integração entre espiritualidade, mente e corpo. O retorno aos estudos não é apenas uma conquista futura, mas um apoio essencial em sua vida diária. "Minhas aulas têm me oferecido ferramentas como habilidades de escuta profunda e inteligência emocional, que são extremamente valiosas neste momento desafiador", relata.
A responsabilidade de lidar com as necessidades médicas da mãe em meio a seu emprego e às mudanças na rotina do filho é esmagadora. "Às vezes, sinto que o emocional é quase insuportável. Precisamos de apoio, e meu curso me ensinou que não devemos ter medo de pedir ajuda para nosso próprio crescimento e o daqueles que amamos", conta ela.
Com foco em seu filho, ela enfrenta a dificuldade dele em se adaptar ao meio escolar, com comportamentos de falta de concentração que afetam seu aprendizado. A mãe se empenha em conseguir uma avaliação para que ele tenha acesso a recursos adequados, como mais tempo em provas. "Pedir por esse auxílio tem sido uma batalha que vale a pena", afirma.
Nos últimos atendimentos em hospitais, a escritora percebeu que relembrar informações cruciais da saúde de sua mãe à equipe médica esgotava emocionalmente a paciente. Nesse contexto, os conhecimentos adquiridos em sala de aula têm sido valiosos para defender o tratamento que sua mãe merece. "Aprendi a me posicionar e a garantir que ela receba a atenção que necessita", expressa.
Apesar dos desafios, a autora se sente cada vez mais empoderada. "As habilidades de empatia e escuta ativa que adquiri estão sendo aplicadas em momentos críticos, tanto nas visitas ao hospital quanto ao apoiar meu filho em períodos difíceis na escola. Entendi que a cura acontece onde corpo, mente e espírito se conectam", analisa.
Essa fase intensa de sua vida, marcada por internações hospitalares e estudos constantes, trouxe uma nova perspectiva de propósito. Os momentos que uma vez pareciam caóticos agora são vistos como oportunidades de crescimento e aprendizado. Ela conclui que a resiliência se revela no progresso diário, permitindo que ela mantenha a esperança e enfrente os desafios, enquanto trabalha em direção a um futuro mais leve.