Windsurf CEO Varun Mohan defende equipes de produto iniciais pequenas para maior eficácia. Reprodução: Business Insider
O CEO da Windsurf, Varun Mohan, fez declarações impactantes sobre como grandes equipes podem prejudicar o desenvolvimento de novas ideias. Recentemente, ele comentou em um podcast que manter as equipes de produtos em estágio inicial com apenas três a quatro pessoas é a chave para garantir alinhamento e clareza, evitando os problemas comuns associados a grupos maiores.
De acordo com Mohan, quando uma equipe de dez pessoas se envolve em uma ideia não comprovada, os resultados podem ser desastrosos. Ele explicou que "cada um tem suas opiniões e ideias", e que a dificuldade em encontrar consenso pode gerar problemas de comunicação. "É muito difícil direcionar todos para o mesmo objetivo sem causar conflitos", completou.
A Windsurf, que foi fundada em 2021 sob o nome de Codeium e desenvolve uma ferramenta de codificação impulsionada por IA, já arrecadou US$ 243 milhões em financiamento de capital de risco. Mohan ressaltou que a composição de equipes pequenas deve incluir algumas engenheiros e, potencialmente, um designer, dependendo da natureza do projeto.
Em suas palavras, "um grupo pequeno e decidido que se move rapidamente para validar uma ideia é realmente vantajoso". Ele acredita que, mesmo uma versão inicial e imperfeita de uma boa ideia pode ser um bom ponto de partida. "Uma vez que demonstramos que essa versão básica tem potencial, podemos alocar mais recursos ao projeto para desenvolvê-lo mais a fundo", afirmou.
Mohan não é o único a advogar por equipes enxutas. Vários líderes notórios no setor de inteligência artificial também adotam essa abordagem. O CEO da OpenAI, Sam Altman, mencionou recentemente a possibilidade de empresas de apenas dez pessoas alcançarem avaliações bilionárias no futuro próximo.
Outro ponto levantado por Mohan refere-se à flexibilidade financeira na experimentação de novas ideias. Segundo ele, a Windsurf não define orçamentos fixos para seus projetos iniciais devido ao "mercado desenfreado" onde opera. Em vez disso, a empresa avalia constantemente o progresso dessas iniciativas e decide se deve continuar ou realocar os recursos. "Esse não é um processo democrático", afirmou. "É um pouco mais centralizado".