Menina sobrevive a bombardeio em Gaza
Uma menina palestina de apenas 5 anos, Hanin al-Wadie, sobreviveu a um ataque aéreo israelense em Gaza, mas não sem traumas severos. O bombardeio, ocorrido em 25 de maio, deixou 31 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, e causou profundas perdas para a menina, que perdeu seus pais e a irmã mais nova. O Hamas informou que entre as vítimas estavam 18 crianças e 6 mulheres.
As imagens da pequena Hanin, correndo entre as chamas em uma antiga escola que serviria como abrigo, se tornaram virais nas redes sociais após a tragédia. Reportagens detalhadas, incluindo uma do New York Times, revelaram que a escola Fahmi al-Jarjawi era considerada uma zona segura para civis. No entanto, Israel alegou que o local funcionava como um centro de comando do Hamas e da Jihad Islâmica, justificando o ataque que devastou a área.
A situação de Hanin
A menina está internada no Hospital Árabe Al-Ahli, no norte de Gaza, com queimaduras de segundo e terceiro graus em diversas partes do corpo. Seu tio, Ahmed al-Wadie, que é enfermeiro e cuida dela, descreveu a dor da criança: "Ela chama o pai e a mãe, e a viu morrer". Os ferimentos deixaram seus olhos tão inchados que ela mal consegue abrir.
Imprecisões da cobertura da mídia
Embora as imagens iniciais da menina tenham gerado confusão e tenham sido atribuídas erroneamente a uma outra criança, Ward Khalil, que também sobreviveu ao ataque, é importante destacar a gravidade da situação vivida por Hanin. Ward, que tem 5 anos e foi resgatada dos escombros, sofreu ferimentos leves, mas perdeu a mãe e cinco irmãos.
Justificativa israelense para o ataque
Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que a antiga escola estava sendo usada como um centro de operações do Hamas para planejar ataques contra civis israelenses. A FDI destacou que foram tomadas várias precauções para minimizar o risco de atingir civis, incluindo o uso de munições precisas e vigilância aérea. Segundo Israel, grupos terroristas usam a população civil e a infraestrutura como escudos humanos.
Impacto do conflito em Gaza
Desde outubro de 2023, Israel está realizando uma ofensiva contra o Hamas em resposta a um ataque que resultou em cerca de 1.200 mortes israelenses. O número de mortos na Faixa de Gaza, segundo o Hamas, já ultrapassou 54 mil, incluindo 1.600 crianças. A ONU e outras organizações globais têm solicitado um cessar-fogo, diante da crescente tragédia humanitária na região.