Elon Musk e Donald Trump comentam sobre divergências na sala oval da Casa Branca. Reprodução: Business Insider
Recentemente, a amizade entre Elon Musk e Donald Trump chegou ao fim em meio a uma troca pública de críticas. O desentendimento começou quando Musk disparou contra o "Big Beautiful Bill" de Trump, gerando reações fervorosas no setor empresarial.
A separação se acirrou na quinta-feira, quando Musk, que havia se desligado de seu papel na DOGE, questionou publicamente o projeto de Trump, rotulando-o de "Debt Slavery Bill" e "Big Ugly Spending Bill". A resposta de Trump foi imediata, tanto em um evento na Casa Branca quanto em seu perfil na Truth Social, onde ele ameaçou cancelar contratos governamentais de Musk. Essa disputa teve um impacto significativo: a fortuna de Musk diminuiu em $34 bilhões, enquanto as ações da Tesla caíram cerca de 14%.
Diferentes líderes de negócios expressaram suas opiniões sobre esse desentendimento. Entre eles, Mark Cuban deu suporte à ideia de Musk de formar um novo partido político voltado ao "centro", mostrando seu apoio ao marcar três checkmarks em um tweet do empresário. Cuban já havia declarado que não se sente alinhado com nenhum dos partidos tradicionais, mas que se candidateria como republicano caso decidisse entrar na política.
Por outro lado, o bilionário Bill Ackman pediu uma reconciliação entre Musk e Trump, ressaltando que "juntos somos mais fortes do que separados". Sua mensagem ecoou entre os influentes, pedindo paz em benefício do país.
Paul Graham, cofundador do Y Combinator, também interveio na discussão, ressaltando que muitos estão tratando esse racha como uma simples disputa pessoal, mas alerta que as alegações subjacentes são graves, sugerindo que, se verdadeiras, isso poderia resultar na renúncia de Trump.
Enquanto isso, Vinod Khosla, um investidor de capital de risco que anteriormente teve desentendimentos com Musk, elogiou suas críticas ao déficit, afirmando que admira a disposição do empresário de se manifestar sobre questões críticas.
Anthony Scaramucci, ex-diretor de comunicações da Casa Branca, também se posicionou ao lado de Musk, afirmando que o empresário "está certo sobre Trump". Em uma observação humorística, Scaramucci comparou a duração do racha entre Musk e Trump ao seu próprio tempo no cargo, mencionando que "Elon Musk durou 12 Scaramuccis".
Gary Cohn, ex-assessor econômico de Trump, fez um alerta sobre a possível efemeridade desse conflito, lembrando a volatilidade do ambiente político. Ele mencionou que, em um tempo, as prioridades do governo ainda incluem questões econômicas importantes, como um acordo comercial com a China, e não está apenas focado na disputa entre Trump e Musk.
Assim, a separação entre Elon Musk e Donald Trump não apenas acomete as duas figuras públicas, mas também repercute no meio empresarial, levantando questões sobre liderança, política e o futuro das relações comerciais nos Estados Unidos.