O cantor Natanzinho Lima fez uma estreia emocionante no palco principal do São João 2025, em Campina Grande, na madrugada desta segunda-feira (9). Com uma apresentação que durou cerca de duas horas, ele proporcionou um show repleto de interação e emoção a milhares de fãs presentes no Parque do Povo.
O clima descontraído começou logo na abertura, quando o artista usou seu famoso bordão: “Viver é diferente de tá vivo”. Enquanto o público vibrava, Natanzinho incorporou um repertório eclético, mesclando forró, brega e sucessos virais. Um dos momentos mais marcantes foi quando o cantor saltou do palco, brindando com os fãs um copo de uísque e percorrendo a arena, um verdadeiro "mar de chapéus" ao seu redor.
A identidade visual de Natanzinho foi evidente, com a multidão utilizando o icônico chapéu que se tornou símbolo de sua carreira, especialmente após seu projeto "De Bar em Bar". A cada música, novas interações e uma onda de animação surgiam entre a plateia. Ao iniciar a apresentação com “Me apaixonei nessa morena”, Natanzinho expressou sua ansiedade em se apresentar para um público tão grande, revelando: “Eu estava um pouco nervoso, mas quando eu subi aqui e vi essa galera cantando, isso me confortou”.
O show seguiu com danças, brincadeiras e uma variedade de músicas, incluindo hits de artistas conhecidos como Jorge e Mateus e Tiê. Um fanático de Arapiraca, Alagoas, fez questão de pular a grade para abraçar o ídolo, que retribuiu com um gole do seu copo, gerando aplausos em resposta. Em outro momento icônico, Natanzinho apareceu com um chapéu de cangaceiro e comandou a plateia com clássicos do forró.
Uma das surpresas da noite foi a homenagem a Natanzinho, que recebeu uma placa comemorativa pelos 3 bilhões de visualizações em plataformas digitais. Visivelmente emocionado, o cantor fez um discurso que tocou o coração de muitos e até chorou ao compartilhar sua gratidão pelo apoio dos fãs. Para finalizar, dividiu o palco com Luka Bass interpretando a famosa música "Paraquedas", e voltou à arena para continuar a festa, distribuindo chapéus de caminhoneiro para os admiradores.
Antes de subir ao palco, Natanzinho conversou com a reportagem e revelou a sua felicidade por realizar um sonho antigo. A expectativa pela performance no maior São João do mundo era alta, e ele compartilhou como imaginou estar ali um dia. “Minhas expectativas são as melhores. Um dos dias mais felizes da minha vida, com certeza. Porque muitos artistas queriam tocar aqui”, comentou.
Sobre sua rápida ascensão na carreira, Natanzinho destacou que foi uma surpresa perceber a notoriedade adquirida em tão pouco tempo, enfatizando que seu trabalho tem inspirado muitos jovens. O famoso chapéu, que se tornou um ícone de sua imagem, surgiu por acaso, devido ao projeto que estava gravando. “O chapéu carrega um significado especial, especialmente para os caminhoneiros. Eles estão muitas vezes esquecidos, e transportar o alimento para nossas mesas é um trabalho digno de respeito”, explicou com admiração por esses profissionais.
Natanzinho também mencionou o significado por trás de dois de seus bordões mais célebres, "No 12" e "Uma liga é uma liga", que rapidamente se tornaram parte da cultura popular em seus shows. "No 12 significa a velocidade do caminhão. É sobre disposição e velocidade", finalizou.