Trump e Starlink: Um Casamento Inusitado
Às custas de desavenças, Donald Trump anunciou que manterá a conexão de internet Starlink na Casa Branca. Em uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, o ex-presidente descreveu o serviço como "bom" e confirmou que não tem planos de se desfazer do equipamento instalado mais cedo neste ano.
O Relacionamento com Musk
Apesar da aparente cisão entre Trump e Elon Musk, o ex-presidente não se mostrou hostil ao empresário. Ele mencionou que, enquanto algumas pessoas especulam sobre a venda de seu Tesla – adquirido como um favor a Musk – a verdade é que ele pretende apenas "mover o carro". "Eu tenho muitos locais", destacou, sem confirmar planos de venda.
Problemas de Segurança em Debate
Ainda que Trump esteja satisfeito com o serviço, especialistas em segurança estão preocupados com a falta de controles adequados na rede Starlink. De acordo com informações do Washington Post, o sistema foi instalado sem a autorização dos gerentes de comunicação da Casa Branca. Isso resultou em um serviço protegido apenas por uma senha, em contraste com a rede principal do local, que exige nome de usuário e senha com expiração semanal.
Reação da Administração Pública
Enquanto Trump parece decidido a manter o serviço de Musk, o governo pode não compartilhar a mesma lealdade. A Washington Post revelou que agências como a NASA e o Pentágono estão buscando concorrentes da SpaceX para garantir alternativas viáveis ao serviço prestado por Musk. Essa movimentação se dá em parte devido a ameaças de Musk relacionadas ao descomissionamento da espaçonave Dragon, crucial para o transporte de astronautas à Estação Espacial Internacional.
A Continuidade do Conflito
Embora Trump tenha se esforçado para manter uma aparência cordial no relacionamento, as repercussões de suas alianças tecnológicas permanecem. "Eu desejo o melhor para ele. Tivemos uma boa relação e espero que as coisas continuem assim", declarou Trump, mas os tomadores de decisão do governo estão cientes de que depender de Musk pode apresentar riscos inaceitáveis.
Esse desdobramento lança luz sobre os complexos vínculos entre figuras públicas e as empresas privadas que elas apoiam, além de reforçar a crescente necessidade de segurança em serviços essenciais.