Neste fim de semana, entrevistadores do Ipsos-Ipec realizaram uma nova rodada de avaliação do governo Lula, entrevistando 2002 pessoas presencialmente em 131 municípios de todo o Brasil. Com uma margem de erro de dois pontos percentuais, a pesquisa está prevista para ser concluída até sexta-feira.
Na última pesquisa do Ipsos-Ipec, realizada entre 7 e 11 de março, pela primeira vez durante o terceiro mandato de Lula, a avaliação negativa superou a positiva: 41% dos brasileiros consideraram o governo como ruim ou péssimo, enquanto apenas 27% o avaliaram como ótimo ou bom.
Com as recentes turbulências econômicas e políticas, a nova pesquisa dificilmente trará boas notícias para o governo. Desde março, acumulam-se as notícias desfavoráveis, com destaque para a falta de recuo da inflação, o aumento da taxa de juros pelo Banco Central e os escândalos ainda não resolvidos envolvendo o INSS, além das discussões sobre a elevação do IOF.
Nos últimos três meses, o Palácio do Planalto não conseguiu convencer a opinião pública sobre positivos como a baixa taxa de desemprego e o crescimento do PIB de 1,4% no primeiro trimestre, que superou os índices de países do G7, incluindo EUA, Canadá, Japão, França, Alemanha, Itália e Reino Unido. Além disso, a diminuição da desigualdade de renda também não foi um tema que rendeu bons frutos para a imagem do governo.
Com essa conjuntura, é esperado que os resultados da nova pesquisa Ipsos-Ipec alinhem-se aos da pesquisa da Quaest, divulgada na semana passada, indicando um cenário desastroso para o governo Lula.