Proibição Temporária de IA Durante o Gaokao
Com o início da aplicação do rigoroso exame nacional na China, conhecido como "gaokao", que acontece de sábado a terça-feira, as principais empresas de tecnologia do país tomaram a decisão de bloquear temporariamente suas ferramentas de inteligência artificial. Aproximadamente 13,4 milhões de estudantes estão prestando este exame altamente competitivo, e a proibição visa evitar que os alunos tenham qualquer auxílio de IA que poderia facilitar a trapaça.
Implicações e Medidas de Segurança
Empresas como Tencent, ByteDance e Moonshot AI desativaram funcionalidades como reconhecimento de imagem e perguntas em tempo real nos aplicativos, em um esforço para assegurar a integridade do processo. Isso ocorre em um contexto onde o governo chinês já havia alertado os estudantes sobre o uso de respostas geradas por IA para trabalhos ou provas.
Provas e Pressão Acadêmica
A singularidade do "gaokao" é que ele determina significativamente o futuro acadêmico dos estudantes na China, tornando-se um divisor de águas, especialmente para aqueles de origens rurais ou de baixa renda. Diferente de sistemas de admissão universitária em outros países, o sistema chinês se baseia quase que exclusivamente nesse exame. A pressão em torno do desempenho no "gaokao" alimenta uma intensa competição e preparações, desde tutorias particulares até escolas de reforço.
Ações dos Chatbots de IA
Imagens compartilhadas por usuários na plataforma Rednote mostraram que chatbots populares na China, como YuanBao da Tencent, Doubao da ByteDance e Kimi da Moonshot AI, desativaram as funções relacionadas ao exame durante o período de teste. Um usuário relatou que o bot Doubao bloqueou a tentativa de upload de uma prova, citando que “o conteúdo da imagem não está em conformidade”. Outro usuário que buscou ajuda no bot também recebeu uma resposta semelhante, informando sobre a suspensão temporária do serviço.
Educação em IA e Implicações Futuras
Ainda que a China esteja se esforçando para promover a educação em inteligência artificial — com novas normas que exigem pelo menos oito horas de instrução por ano nas escolas — o governo e as instituições estão deixando claro que a IA deve ser utilizada como uma ferramenta de aprendizado e não como um atalho para fraudes. Durante o "gaokao", a mensagem reforçada pelas empresas é de que a inteligência artificial não tem lugar nas salas de exame.
Uma Visão do Futuro da Educação em IA na China
Enquanto a nação investe em uma geração alfabetizada em IA, o desafio continua a ser o equilíbrio entre promover a tecnologia e assegurar uma avaliação justa em contextos acadêmicos. As ações dos gigantes tecnológicos durante o "gaokao" podem indicar um modelo a ser seguido em questões educacionais futuras, onde a integridade e a justiça nas avaliações permanecerão prioridades.