A morte do empresário Adalberto Amarilio Junior, de 43 anos, encontrada em um buraco de três metros de profundidade no Autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo, já gera uma série de perguntas sem respostas. As investigações, que começaram imediatamente após o trágico evento do dia 30 de maio, levantam hipóteses de crime, mas muitos pontos ainda estão nebulosos.
A primeira interrogação gira em torno da identidade do sangue encontrado no carro de Adalberto. A perícia revelou a presença de sangue em pelo menos quatro pontos do veículo, mas os laudos não confirmaram imediatamente a quem pertence o material. Adalberto não apresentava fraturas ou sinais de luta, apenas escoriações superficiais, levando a questionamentos sobre quando e como essas lesões ocorreram.
Outro mistério é o paradeiro da calça e dos tênis que o empresário usava no dia de sua morte. As vestimentas não foram encontradas, embora duas calças tenha sido localizadas em lixeiras nas proximidades do autódromo, sem confirmação de pertencimento. Essa ausência levanta a dúvida: por que seu corpo foi encontrado sem essas peças?
Adalberto foi visto chegando ao evento de motos por volta das 12h30, mas não há registros de sua saída antes da última mensagem enviada a sua esposa, às 19h48, que não foi entregue, sugerindo que seu celular já estava desligado. Segundo relatos de Rafael, um amigo, Adalberto consumiu álcool e maconha antes de se despedir, mas o que ocorreu após isso permanece obscuro. O que realmente aconteceu após a despedida?
A suspeita de que ele possa ter sido colocado no buraco ainda com vida levanta a questão de seu estado de consciência. Foi uma tentativa de homicídio? Algumas provas, como exames toxicológicos e anatômicos, podem esclarecer se Adalberto foi dopado ou atacado.
O cenário se complica ainda mais com os depoimentos que a polícia está coletando. A esposa de Adalberto relatou que ele não tinha inimigos, enquanto seu amigo não percebeu quaisquer indícios de desentendimento no dia em questão. A descoberta de que o corpo dele estava com a carteira, celular, chave do carro e aliança sugere que latrocínio pode não ser a motivação. Entretanto, a ausência da câmera do capacete que ele usava na ocasião é uma questão crítica a ser resolvida. Teria esse equipamento registrado a identidade do potencial agressor?
Cada pergunta pendente neste caso ressalta a complexidade que envolve o trágico desfecho da vida de Adalberto e a urgência de respostas para que a verdade venha à tona e a justiça possa ser feita.