As quadrigêmeas Lavínia, Laura, Helena e Heloísa comemoram nesta terça-feira (10) seu primeiro aniversário, um marco significativo após os 100 dias que passaram internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), em São José do Rio Preto (SP). As pequenas, que nasceram prematuras após uma gestação de 28 semanas, agora demonstram saúde e vitalidade, frequentando a creche junto a outras crianças.
A história dessas meninas, nascidas no dia 10 de junho de 2024, começou com a ansiedade e esperança dos pais, Viviane Papani e Eloi Richarti. Desde o anúncio da gestação múltipla, a família enfrentou desafios, mas agora se alegra com as conquistas diárias das filhas. Em entrevista, Eloi compartilhou que teve que mudar sua rotina, abandonando a liberdade de jogar bola durante a semana para se concentrar nos cuidados das quatro meninas. "Cada dia traz uma nova surpresa", declara.
Com uma demanda estimada de 700 fraldas mensalmente, a rotina da família se tornou uma verdadeira operação logística, incluindo a ajuda de avós e irmãos. "Estamos com a vida um pouco apertada, mas o importante é que elas estejam bem", comenta Eloi, que destaca a evolução das filhas em suas habilidades, como engatinhar e interagir com outras crianças na creche.
Após meses de acompanhamento médico rigoroso, os pais finalmente tiveram a autorização da pediatra para que as quatro frequentassem a creche. Segundo Eloi, a evolução no peso e no desenvolvimento das meninas foi fundamental para essa decisão. Ele relata que, com uma logística organizada, que envolve preparar quatro bolsas e cadeirinhas, as meninas agora participam ativamente de atividades de socialização.
A concepção das meninas também é uma história especial. Viviane e Eloi, casados há quatro anos e frustrados em suas tentativas de gravidez natural, recorreram à fertilização in vitro. Inicialmente informados de que seriam gêmeas, os exames revelaram a surpresa de uma terceira menina idêntica, formando três gêmeas univitelinas. Esse resultado inusitado e feliz deixou o casal em êxtase, pois sempre sonharam em aumentar a família.
O nascimento das quadrigêmeas se deu por cesariana, que contou com a participação de uma equipe de 30 profissionais de saúde, em um procedimento considerado complexo devido à prematuridade das bebês, que variavam de 500 a 900 gramas. Após o nascimento, elas foram levadas à UTI neonatal para cuidados intensivos. Viviane teve sua primeira experiência com as filhas através do método canguru, um contato essencial entre mãe e filhas.
O registro das meninas também possui um significado histórico: de acordo com a Prefeitura de Olímpia, foi o primeiro caso de quadrigêmeas registrado na cidade e um dos poucos na região noroeste de São Paulo. A família, junto a amigos e apoiadores, celebra não apenas o aniversário das meninas, mas também a nova dinâmica e alegria que elas trazem ao lar.