Treze pessoas estão sendo monitoradas no Distrito Federal após contato com um emu do Zoológico de Brasília que apresentou sintomas de gripe aviária. O acompanhamento é realizado a cada dois dias, com o monitoramento tendo duração de 10 dias a partir da última exposição ao animal sintomático.
Dos monitorados, cinco são funcionários da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, cinco do Zoológico de Brasília e três da Universidade de Brasília (UnB). O emu, nativo da Austrália, foi sacrificado devido ao agravamento de seu quadro clínico.
A Secretaria de Saúde confirmou que o material biológico do emu foi enviado para um laboratório especializado em Campinas (SP) para exames que confirmarão ou descartarão a infecção. Enquanto o resultado não é divulgado, o Zoológico de Brasília permanecerá fechado como medida de segurança. Segundo a pasta, o caso não terá impacto no comércio exterior, já que apenas casos em granjas comerciais são considerados nas exportações de frango do Brasil.
Desde o dia 28 de maio, o parque está fechado após a morte de duas aves silvestres. Foi confirmada a influenza aviária em um Irerê, uma espécie de pato, no dia 3 de junho, enquanto um pombo encontrado não estava infectado. O bloqueio sanitário é uma medida preventiva para proteger visitantes, funcionários e os próprios animais.
A previsão para a reabertura do Zoológico de Brasília, que estava marcada para o dia 13 de junho, foi adiada em decorrência da suspeita de influenza aviária em um emu com sintomas neurológicos. Até o momento, a Seagri-DF informou que nenhuma outra ave ou animal exibiu sinais clínicos ou alterações comportamentais, o que é um bom sinal.
O emu é a segunda maior ave do mundo, medindo até 1,9 metro de altura e pesando entre 30 e 45 kg. Embora não voe, esse animal pode atingir velocidades de até 50 km/h.
A variante H5N1 da Influenza A, que afeta tanto aves quanto mamíferos, é transmitida a humanos através do contato com secreções de animais infectados, sendo a doença letal em ambos os casos. Entretanto, a transmissão através do consumo de carne ou ovos contaminados não possui evidências concretas.