O presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo americano, Donald Trump, discutiram por telefone a crescente tensão no Oriente Médio, especialmente em relação ao conflito entre Israel e Irã. A ligação, que durou cerca de 50 minutos, foi caracterizada por ambos os líderes como uma oportunidade para abordar não apenas a "perigosa escalada" na região, mas também para falar sobre a situação da guerra na Ucrânia.
Trump usou sua plataforma Truth Social para comentar sobre a conversa, revelando que Putin o parabenizou pelo aniversário, e expressou a convicção de que "esta guerra deve terminar". O presidente russo também reforçou a necessidade de finalizar o conflito na Ucrânia. O Kremlin confirmou a natureza das informações discutidas, reiterando o tema central da escalada no Oriente Médio.
Esta foi a quinta conversa entre Putin e Trump desde que o americano assumiu a presidência, refletindo um esforço contínuo para estreitar laços com a Rússia – uma abordagem que contrasta com a estratégia da administração atual de Joe Biden.
Durante a conversa, Putin também atualizou Trump sobre os acordos pré-estabelecidos nas negociações entre as delegações russa e ucraniana, ocorridas recentemente em Istambul. O Kremlin apontou que Putin está preparado para reiniciar os diálogos com a Ucrânia a partir do final de junho.
Trump, por sua vez, expressou interesse em uma resolução rápida para o conflito na Ucrânia e, segundo as informações do Kremlin, deixou claro que não descarta a possibilidade de reabrir discussões sobre o programa nuclear iraniano. A situação se complicou com o cancelamento das conversas programadas entre Irã e EUA, conforme anunciado pelo ministro das Relações Exteriores do Irã.
O assessor de política externa do Kremlin, Yury Ushakov, destacou a preocupação de Putin com as operações militares israelenses contra o Irã, alertando que uma escalada na violência poderia levar a consequências imprevisíveis no Oriente Médio. O líder russo se colocou à disposição para atuar como mediador entre as potências envolvidas na disputa.
Nesta mesma sequência de eventos, Israel anunciou sua intenção de bombardear "todos os locais" associados ao regime iraniano, afirmando contar com o "apoio manifesto" de Trump. O Irã, por sua vez, reagiu fortemente, acusando Israel de fomentar um "ciclo perigoso de violência" e suspendendo negociações sobre seu programa nuclear até que os ataques cessem.
A crescente tensão entre Israel e Irã, aliada às complexas dinâmicas políticas internacionais, sublinha a necessidade urgente de um diálogo construtivo e de soluções diplomáticas para evitar uma escalada maior nos conflitos armados.