Reincidência de Ataques Homofóbicos em São Paulo
Apenas um dia após ser libertada, a jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira reincidiu em ofensas homofóbicas em um condomínio na região central de São Paulo. O ocorrido foi narrado por Gustavo Leão, um dos agredidos, que expressou sua revolta ao ser abordado sobre a situação: 'É revoltante saber que essa mulher foi solta depois de cometer um crime e voltou a agir com ódio e intolerância'.
No último dia 16 de junho, Adriana, que foi presa em flagrante no Shopping Iguatemi por agredir verbalmente um homem, estava novamente proferindo frases de ódio, afirmando que no residencial onde vive só habitavam pessoas LGBTQIAPN+. Após sua prisão no dia 14, a Justiça a soltou sob a condição de não frequentar o shopping em que ocorreu o incidente inicial.
Detalhes do Incidente no Condomínio
O que começou como uma simples interação acabou se transformando em um ataque verbal. Segundo Gustavo, ao ser confrontada por um morador sobre suas afirmações, as ofensas se intensificaram. 'Ela dizia que era uma gaiola das loucas e fazia comentários debochados', relatou ele em uma conversa ao g1. A situação escalou quando Gustavo e um amigo, que estava em home office, tentaram intervir, mas acabaram sendo alvo dos comentários homofóbicos.
"É como se o sistema dissesse que tudo bem cometer esses crimes. Isso é desesperador para a comunidade LGBTQIAPN+" - Gustavo Leão
Comportamentos inaceitáveis de Adriana incluíam xingamentos como 'boiola depilada' e ironias sobre a vida pessoal das vítimas. Durante o desentendimento, ela ainda comentou sobre a sexualidade de Gustavo e dos outros homens presentes, ignorando qualquer tentativa de diálogo ou contenção.
Contexto da Prisão de Adriana
Na primeira ocorrência, Adriana chamou um homem de 'bicha nojenta' no Shopping Iguatemi, gerando protestos e desconforto entre os clientes. Presa em flagrante, ela também ofendeu os policiais durante o processo de registro na delegacia e se negou a assinar documentos oficiais durante a detenção.
Após ser libertada, a jornalista alegou se sentir atacada e reafirmou seu arrependimento, mas as suas ações no condomínio mostraram um padrão preocupante de comportamento preconceituoso. A situação desencadeou um forte debate sobre a eficácia do sistema judiciário em enfrentar crimes de ódio.
Repercussão e Opiniões
Gabriel, a vítima do primeiro ataque, também se manifestou, afirmando que a jornalista estava em uma mesa próxima quando começou a gritar e proferir ofensas. Outras testemunhas corroboraram sua versão, detalhando o clima hostil gerado por Adriana. Uma das clientes do shopping, Giulia Podgaic, disse: 'Foi uma situação muito horrível, era como se todos ali não importassem a ela.'
"O shopping lamenta o ocorrido e reforça seu respeito à diversidade, repudiando qualquer ato de discriminação e intolerância" - Nota do Shopping Iguatemi
Em resposta às incidências de ataques homofóbicos, o Shopping Iguatemi se posicionou, comprometendo-se a prestar apoio e colaborar com as autoridades competentes, destacando a importância de promover um ambiente respeitoso para todos os clientes.
A Perspectiva da Segurança Pública
A Secretaria da Segurança Pública identificou que a mulher de 61 anos foi presa em flagrante por ofensas proferidas a um homem de 39 anos, destacando a gravidade da situação. As medidas adotadas e a libertação de Adriana sob medidas cautelares geram questionamentos sobre a proteção da comunidade LGBTQIAPN+ e a efetividade das punições relacionadas a crimes de ódio.