Luiz Alberto Santos de Moura, conhecido como Bob do Caju, foi preso por policiais do Rio de Janeiro por ser o suposto chefe do tráfico no Complexo do Caju. Com 41 anos e integrante da facção Terceiro Comando Puro (TCP), ele tem um histórico criminal extenso, acumulando 20 anotações e mais de 40 anos em condenações, a maioria por roubo e tráfico de drogas.
A prisão de Bob do Caju ocorreu durante a Operação Torniquete, que visa combater os roubos de carga e de veículos. A Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) cumpriu um mandado por roubo majorado, revelando seu envolvimento em um esquema de monitoramento e roubo de cargas que saem do Complexo Portuário, próximo ao Caju.
As investigações apontam que Bob do Caju não só chefiava o tráfico, mas também orquestrava o roubo de caminhões. Policiais monitoraram suas atividades durante semanas e descobriram que ele e seus comparsas escolhiam alvos valiosos em rotas ligadas ao Porto do Rio, interceptando veículos logo após sua saída.
O delegado Fabio Asty explicou como a quadrilha operava: "Eles tinham a condição de observar e monitorar essas carretas para poder praticar o roubo de cargas". Isso demonstra a complexidade e a organização do crime na região, que está interligada a outras comunidades controladas pelo TCP, como as do Complexo da Maré.
Além do envolvimento no tráfico, Bob do Caju está ligado à guerra na Rocinha em 2017, quando apoiou o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha, ao fornecer armas e homens para a defesa da favela, que enfrentava ataques do Comando Vermelho (CV), liderado por Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157.
Após cumprir sete anos de prisão, ele estava solto há pouco mais de um ano e foi detido novamente durante a Operação Torniquete, que colhe provas e busca outros envolvidos no esquema de roubo de cargas. O delegado ressalta que as investigações continuam em busca de receptadores das mercadorias roubadas e para desmantelar a quadrilha associada a Bob do Caju no Complexo da Maré e arredores.