Casal perdido por erro de GPS escapa de acidente fatal
Um casal de Sorocaba (SP) teve sua vida salva por um atraso de 25 minutos, que os impediu de embarcar no balão que caiu em Capela do Alto (SP) no último domingo, 15. No acidente, uma mulher de 26 anos, identificada como Juliana Prado de Oliveira, morreu. O casal, Giovanna Versuti e Davi Siolari, deveria ter chegado ao local combinado às 5h, mas um erro no aplicativo de GPS os direcionou para o local errado, resultando em um atraso significativo. "A gente ia com o grupo maior, que é esse balão que caiu. Aí, como a gente se atrasou, mandaram a gente com outra pulseira, que era do grupo menor", relembrou Giovanna.
Tragédia e sobrevivência
Os dois acabaram embarcando em um balão menor, onde apenas 14 pessoas voaram. Em entrevista, Giovanna contou que ao pousar, notou algumas estranhezas, mas não se alarmou. "A gente achou estranho porque, na hora que pousa, a gente ganha café, e o outro grupo não tinha chegado ainda", afirmou. Após o passeio, enquanto descansava em casa, ela foi surpreendida com ligações de amigos e familiares preocupados.
"Acordei com várias mensagens e ligações de familiares perguntando se a gente estava bem. Ficamos em estado de choque, porque só eu e ele vimos que o GPS mandou errado, ficou tipo: 'Caramba, foi Deus', e tristes ao mesmo tempo com a notícia", relatou a jovem.
Detalhes do acidente e investigação do piloto
O piloto do balão, Fabio Salvador Pereira, que trabalhava para a empresa Aventurar, foi preso e vai responder por homicídio culposo agravado. Ele não possuía a documentação necessária para realizar voos de balão e alegou que uma rajada de vento inesperada teria causado o acidente. A mulher que morreu estava comemorando o Dia dos Namorados com seu marido no passeio.
Irregularidades na empresa de balonismo
A empresa Aventurar já havia sido lacrada anteriormente, mas reabriu com outro CNPJ. As autoridades estão investigando as condições irregulares, que incluem a falta de documentação adequada do balão e a qualificação do piloto. A Confederação Brasileira de Balonismo informou que o balão não estava registrado devidamente, aumentando as preocupações sobre a segurança das operações. As irregularidades foram discutidas em uma reunião entre a Secretaria Municipal de Segurança e representantes do setor.
O caso trouxe à tona questões importantes sobre a segurança em passeios de balão, ressaltando a necessidade de regulamentações mais rigorosas para prevenir futuras tragédias.