Taalai Djumabaev, ex-engenheiro sênior do Google, compartilha seis erros comuns que candidatos a empregos em grandes empresas de tecnologia cometem e como podem corrigi-los. Com uma experiência significativa em empresas como Deutsche Bank e Google, Djumabaev, que deixou sua posição em 2023, agora lidera uma plataforma educacional focada em preparar profissionais de TI para entrevistas.
Durante sua trajetória, Djumabaev observou que muitos candidatos talentosos falhavam em entrevistas devido a lacunas em conhecimentos fundamentais. Segundo ele, o foco deve ser na construção de uma base sólida de conhecimento técnico, ao invés de aprender ferramentas modistas. "Os melhores candidatos já possuem uma forte fundação e lidam com poucos problemas antes da entrevista", afirma.
1. Foco excessivo em ferramentas modernas
Djumabaev critica a abordagem de muitos aspirantes a desenvolvedores, que gastam tempo demais em cursos que priorizam frameworks novos e esquecem os fundamentos da ciência da computação. Ele recomenda um retorno às bases: algoritmos, estruturas de dados e design de sistemas. "Quem quer entrar no Big Tech deve dominar esses tópicos", diz.
2. Expectativas irreais sobre sucesso rápido
O ex-Googler aponta que muitos cursos tradicionais e boot camps prometem colocação rápida no mercado, criando expectativas enganosas. Esses programas podem usar táticas questionáveis, como simplificação excessiva do aprendizado. Djumabaev sugere que os candidatos sejam realistas sobre o esforço necessário para se tornarem competentes.
3. Currículos universitários ultrapassados
Ele também critica currículos de algumas universidades que não refletem as demandas atuais do setor. Para ele, é crucial que os profissionais em formação concentrem-se em adquirir conhecimento essencial que sobreviverá a mudanças no mercado. "A aprendizagem deve ser eficaz e focada no futuro", destaca.
4. Falta de mentoria prática
Djumabaev observa que muitos cursos de treinamento carecem de mentores que ofereçam experiências reais. Ele recomenda que candidatos busquem mentores ativos na indústria, utilizando plataformas como o LinkedIn e participando de eventos do setor. Isso pode proporcionar uma ponte vital entre teoria e prática.
5. Mito do curso "tamanho único"
Conforme Djumabaev compartilha, a educação não deve ser padronizada. Ao invés disso, ele sugere oportunidades de aprendizado personalizadas, apoiadas por tecnologia de IA, mas com interação humana significativa. "A personalização do aprendizado pode ser uma chave para o sucesso", afirma.
6. Risco de burnout em trilhas de aprendizagem intensas
O ex-Googler alerta que a intensidade em programas de aprendizado pode levar ao burnout. É importante que os estudantes busquem ambientes de aprendizagem que sejam exigentes, mas ao mesmo tempo sustentadores, com apoio à saúde mental e um senso de comunidade.
Diante desses desafios, Djumabaev continua comprometido em ajudar novos desenvolvedores a alcançarem seu potencial. Seu trabalho busca garantir que mais candidatos estejam preparados para as grandes oportunidades do setor de tecnologia.