O Caos do Recrutamento de Private Equity
O processo de contratação para talentos juniores no setor de private equity está sob escrutínio, especialmente após o alerta da JPMorgan Chase a seus analistas que seriam demitidos por faltar ao treinamento para entrevistas com empresas de buyout com funções que começariam apenas em 2027. Recentemente, a Apollo Global Management e a General Atlantic anunciaram que não entrevistariam os novos banqueiros para essas funções este ano, levantando incertezas sobre a prática conhecida como recrutamento "on-cycle".
Para entender melhor essa dinâmica, o Business Insider conversou com um profissional de private equity que viveu na pele os desafios desse recrutamento. Ele descreveu sua experiência como as 12 horas mais estressantes de sua vida ao participar do processo de "on-cycle recruiting", incluindo momentos que vão desde ser enganado para uma entrevista até se esconder no banheiro para trocar mensagens com outra empresa.
A Entrevista Noturna e a Manipulação de Ofertas
Durante sua época como banqueiro júnior, a ansiedade começou assim que o recrutamento "on-cycle" deu sinais de que começaria. Ele voltou a Nova York e, após um jantar com um representante de uma das dez principais firmas, foi surpreendido com um convite para fazer uma entrevista em um bar próximo ao escritório da empresa. O que parecia ser uma noite casual logo se transformou em uma armadilha, onde a verdadeira intenção era conduzi-lo a uma entrevista intensiva para avaliação de suas habilidades.
A entrevista se estendeu até às 2:30 da manhã, e enquanto ele recebia uma oferta, outra empresa o pressionava a se candidatar. "Eu estava sendo socialmente pressionado pelos recrutadores da primeira empresa, mas disse que faria de tudo para sair assim que pudesse," ele conta. Ao finalmente sair da primeira empresa, já foi abordado por outra firma para uma nova entrevista, que ocorreria às 7 da manhã.
O Estresse E A Pressão para Decidir
O dilema aumentou com a pressão da primeira firma, que começou a contatá-lo insistentemente para saber se ele estava pronto para aceitar a oferta. Isso ocorreu em uma fase crítica, como ele relembra: "Eu estava em um banheiro da segunda empresa, cercado por ruídos indesejados, tentando justificar a minha necessidade de mais tempo". A pressão foi tão intensa que, mesmo em meio à entrevista, ele teve que aceitar a oferta da primeira empresa para não perder a oportunidade.
O Tense Desfecho e Reflexões Finais
Assim que disse que aceitaria a primeira oferta, ele correu para o seu apartamento para assinar o documento. Porém, a outra firma logo o contatou, insistindo que ele retornasse. "Foi uma das experiências mais estressantes de toda a minha carreira". Agora, como parte da equipe de recrutamento de private equity em sua nova firma, ele não se espera que o processo mude muito e reconhece que, apesar de sua loucura, a mesma tem seu lugar.Entusiastas que se preparam com antecedência para o recrutamento".