Cauê Fiorentino de Assis, professor de uma escola particular de Sertãozinho (SP), foi condenado a quase três anos de pena por assédio sexual e importunação sexual a um ex-aluno menor de idade. A decisão, proferida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Sertãozinho, determinou 2 anos, 9 meses e 10 dias de detenção por assédio e 1 ano de reclusão por importunação sexual, substituindo as penas privativas de liberdade por restritivas de direito. A condenação foi estabelecida em 12 de junho de 2025, após um período de investigações que apuraram abusos que ocorreram entre 2021 e 2023.
A denúncia do Ministério Público revelou que o professor se aproveitava de sua posição para intimidar e assediar o aluno. As investigações apontaram que os comportamentos inadequados começaram durante as aulas online em 2021, quando Cauê fez comentários impróprios e enviou mensagens de teor sexual ao aluno. Após o retorno das aulas presenciais em 2022, o comportamento se agravou, culminando em atos libidinosos dentro da escola.
Inicialmente, o aluno procurou a coordenação da escola em busca de ajuda, mas foi desencorajado a levar o caso adiante. Mesmo assim, a vítima tentou se afastar do professor, ausentando-se das aulas para evitar o constrangimento. No entanto, como descreve a decisão judicial, o professor intensificou as ameaças, afirmando que ninguém acreditaria na vítima. Em várias ocasiões, ele ofereceu respostas de provas e fez perguntas invasivas sobre relacionamentos, mostrando persistência em suas investidas.
O clima de medo se agravou ainda mais quando o aluno, mesmo após mudar de escola, continuou sendo alvo das tentativas de contato do professor, que chegou a enviar fotos e convites para treinos. Após episódios de abordagem, em que o aluno foi puxado por Cauê, ele decidiu bloquear o professor nas redes sociais, mas este ainda tentou manter contato usando novos perfis.
Movido pela dor de outros colegas que relataram assédio semelhante, o aluno decidiu buscar ajuda e compartilhar sua história com os pais, culminando na denúncia formal que levou à condenação do docente. A escola, ao ser notificada, afastou Cauê imediatamente de suas funções, embora a decisão judicial tenha optado por medidas não-prisionais.
O caso do professor Cauê Fiorentino de Assis levanta questões importantes sobre a proteção de alunos em ambiente escolar e a necessidade de ações efetivas diante de denúncias de assédio e importunação sexual. A condenação demonstra a seriedade com que esses casos devem ser tratados pela Justiça.