Demandas por cortes nas taxas de juros ganham força
Altos funcionários do Federal Reserve (Fed) estão se unindo em torno do pedido de cortes nas taxas de juros, seguindo uma semana em que a instituição optou por manter as taxas estáveis. Essa decisão, que desagradou ao presidente Donald Trump e a seus assessores, levantou nova polêmica sobre a política monetária americana.
Trump e a crítica à decisão do Fed
Após a decisão do Fed na semana passada, Trump expressou descontentamento em sua rede social, critiqueiando a inação da instituição. "Nós pagaremos pela incompetência dele por muitos anos", disse, referindo-se ao presidente do Fed, Jerome Powell. O presidente acredita que as taxas deveriam ser "pelo menos de dois a três pontos mais baixas".
Reações de líderes do Fed
O vice-presidente JD Vance também se manifestou, acusando o Fed de "má prática monetária". Powell, em audiência no Congresso, reiterou a posição cautelosa do Fed, defendendo a necessidade de manter a expectativa de inflação a longo prazo sob controle. Ele destacou a importância de equilibrar o máximo de emprego e a estabilidade de preços.
A visão de Christopher Waller
O governador do Fed, Christopher Waller, foi um dos primeiros a sugerir que o Fed deve considerar uma redução nas taxas na próxima reunião. Contrapondo-se a Powell, Waller enfatizou que a situação do mercado de trabalho é frágil e que não se pode esperar um colapso antes de agir. "Estou totalmente a favor de começarmos a pensar em cortar a taxa de juros na próxima reunião", afirmou.
Michelle Bowman e a perspectiva de cortes rápidos
Outra líder do Fed, Michelle Bowman, também se posicionou a favor de cortes de juros, indicando que a próxima reunião do FOMC em julho poderia ser uma oportunidade. Ela mencionou que o impacto da inflação gerado por tarifas do governo Trump tem sido mínimo, sugerindo que a crescente segurança econômica possibilitaria uma mudança na política monetária.
Posição do presidente do Fed de Chicago
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, abordou recentemente a possibilidade de cortes nos juros, afirmando que se não houver aumento da inflação proveniente das tarifas, haverá espaço para tal ação. "Se os dados indicarem que as tarifas não estão impactando a inflação, poderemos considerar a flexibilização da política monetária", destacou Goolsbee.
À medida que a discussão sobre as taxas de juros se intensifica, fica claro que um consenso entre os formadores de políticas do Fed pode levar a mudanças significativas na abordagem monetária do país. O desfecho dessa discussão é esperado para a próxima reunião do FOMC, onde mais decisões deverão ser tomadas em um cenário econômico instável.
