União é Essencial na Defesa Contra Novas Ameaças
Em uma crítica contundente às práticas atuais da indústria de defesa dos Estados Unidos, o general Jim Rainey, chefe do Army Futures Command, afirmou que as empresas precisam "parar de nos vender peças do quebra-cabeça" e colaborar de forma mais integrada. Durante um episódio do podcast War on the Rocks, Rainey discutiu a importância de um esforço conjunto para enfrentar as crescentes ameaças relacionadas ao uso de drones e inteligência artificial (IA) no campo de batalha.
Rainey destacou que a implementação de tecnologias como micro-ondas, lasers e guerra eletrônica são essenciais para contrabalançar estas novas ameaças, mas enfatizou que ainda existem vulnerabilidades críticas. Ele pediu que a indústria de defesa se "auto-organize" para encontrar soluções eficazes. "Precisamos que as pessoas deixem de lado a ideia de vender peças individuais e que alguém una essa equipe com a soma dessas capacidades", afirmou o general.
Drones em Conflitos Modernos
Drones se tornaram armas cruciais no conflito da Ucrânia, onde tanto a Rússia quanto a Ucrânia os utilizam para vigilância e em missões de ataque, equipando-os com explosivos controlados remotamente. Além disso, as potências globais como China e Estados Unidos estão desenvolvendo drones sofisticados habilitados com IA, capazes de operar sem controle humano e coordenar-se em "enxames".
O Pentágono tem procurado urgentemente contramedidas para esses veículos aéreos não tripulados. Em dezembro passado, o então secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, apresentou uma estratégia focada em contrar drones, reconhecendo a necessidade de inovação nesse campo. Muitas empresas do setor privado, como a Anduril, da Califórnia, estão adotando novas soluções tecnológicas para enfrentar esses desafios emergentes.
Colaboração é a Chave para o Futuro
Rainey concluiu seu apelo enfatizando a importância de colaboração entre as empresas de defesa, sugerindo que "um grupo de empresas se reúna para encontrar os melhores especialistas em micro-ondas de alta potência, radar e outros, e os una em uma capacidade integrada, orientada por dados e impulsionada por IA". Essa abordagem não só aumentaria a eficácia no combate às novas tecnologias de combate, mas também garantiria uma defesa mais robusta contra as ameaças que estão por vir.