Em um relato impactante, uma mãe compartilha a experiência desafiadora de ter seu filho expulso da pré-escola aos 4 anos. O garoto, que apresenta um transtorno de processamento sensorial, não se adaptou ao ambiente escolar, levando à expulsão, um evento que transformou a perspectiva da mãe sobre maternidade.
A situação começou quando seu filho Oscar, ao se deparar com as exigências sociais de uma sala de aula cheia, se tornou desengajado e agressivo. A mãe detalha que, apesar de ser uma criança curiosa e inteligente, Oscar sentia-se sobrecarregado em um ambiente que não reconhecia suas necessidades. "As crianças com deficiência são frequentemente rotuladas de 'dificuldades' ou 'rebeldes', mas Oscar sempre foi um menino feliz", relata ela.
A mãe enfrentou inúmeras dificuldades, com intervenções que não só eram ineficazes, mas acabaram piorando o comportamento de Oscar. Ele que, na intimidade de casa, era amoroso e cooperativo, se tornou agressivo e retraído ao interagir com outras crianças. As condutas tradicionais de disciplina, em vez de ajudar, aumentaram sua ansiedade, levando à regressão em alguns processos de aprendizado, como o controle do toalete.
Após quatro meses após a expulsão, a mãe começou a investigar opções e descobriu que a escola pública não tinha a obrigação legal de atender suas necessidades. Após uma pesquisa incansável, ela optou por matricular Oscar em uma escola Waldorf, onde ele finalmente encontrou o suporte necessário para florescer. "Quando estão em um ambiente que respeita e apoia suas particularidades, as crianças têm mais chances de prosperar".
Oscar está agora há três anos na Otto Specht School e a mãe percebe que um ambiente que responde às suas diferenças com compreensão e compaixão é essencial. Ela defende que as crianças neurodivergentes merecem ser compreendidas e valorizadas por suas singularidades, não forçadas a se conformar a padrões que não se aplicam a elas.
"Ser uma boa mãe não se resume a ter um filho 'bom', mas sim a entender verdadeiramente quem ele é", afirma. Assim, ela reafirma a importância de lutar por um tratamento justo e inclusivo para todas as crianças, refletindo sobre a necessidade de um mundo que acolha e compreenda as diferenças ao invés de rotulá-las. Este aprendizado não só redefine sua maternidade, mas também ilumina o caminho para a aceitação e amor incondicional."