O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) dará início a uma sindicância após receber uma denúncia envolvendo um médico que supostamente consumiu vodka antes de atender pacientes em Praia Grande, no último domingo (29). A acusação partiu de um paciente e resultou no imediato afastamento do profissional, cuja defesa se declarou inocente.
A Prefeitura de Praia Grande confirmou que o médico, que atuava no Pronto-Socorro Central, foi afastado enquanto a investigação está em andamento. A Secretaria de Segurança Pública também confirmou que o caso foi registrado como não criminal na Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade.
Felipe Gomes Hatzopoulos, o paciente que fez a denúncia, relatou ao G1 que viu o médico comprando duas doses de vodka em uma barraca próxima ao pronto-socorro e que, minutos depois, retornou já utilizando o jaleco branco e começou a atender pacientes normalmente.
O Cremesp, por sua vez, afirmou ao GLOBO que o caso foi protocolado para a abertura da sindicância que irá apurar os fatos. O órgão enfatizou que condutas inadequadas entre profissionais de saúde são tratadas com seriedade e, caso as irregularidades sejam confirmadas, sanções éticas e administrativas poderão ser aplicadas.
Os advogados do médico, Rafael Leocadio Cristofoli Cunha e Victor Vilas Boas Aló, negaram as acusações em nota à imprensa, afirmando que a alegação de que o profissional atendeu pacientes sob efeito de álcool é absolutamente falsa e que medidas estão sendo tomadas para esclarecer a situação.
A rigorosa ação do Cremesp reflete o compromisso do órgão em zelar pela ética profissional e a segurança dos pacientes, especialmente em um contexto onde a responsabilidade dos médicos é crucial no atendimento à saúde.