Autópsia Reinvestigada no Caso de Juliana Marins
O corpo da brasileira Juliana Marins, que faleceu na Indonésia, passou por uma nova autópsia na manhã desta quarta-feira, 2 de agosto, no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, localizado no Centro do Rio de Janeiro. O exame, que teve início às 8h30, durou cerca de duas horas e contou com a participação de dois peritos legistas da Polícia Civil, um perito médico da Polícia Federal e um assistente técnico designado pela família. Um laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias.
Pedido da Família e Polêmica sobre a Primeira Autópsia
A nova autópsia foi solicitada pela família de Juliana, que levantou questionamentos sobre as conclusões do laudo inicial realizado por legistas na Indonésia. Em 26 de julho, a primeira autópsia foi efetuada em um hospital da ilha de Bali, onde o legista responsável alegou que a morte aconteceu devido a um forte traumatismo. O exame indicou que a brasileira apresentava múltiplas fraturas e lesões internas, não evidenciando sinais de hipotermia e afirmando que Juliana sobreviveu por 20 minutos após o trauma. Contudo, a falta de clareza sobre o momento exato da lesão fatal permanece um ponto de incerteza, pois a jovem foi avistada em três profundidades diferentes ao longo do penhasco.
Detalhes da Tragédia
Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida no dia 24 de julho, após um acidente em uma trilha próxima ao vulcão do Parque Nacional do Monte Rinjani. Natural de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, a jovem realizava uma viagem de mochilão pela Ásia desde fevereiro. Testemunhas revelaram que a tragédia começou quando ela escorregou e caiu em um percurso perigoso. Apesar de não se saber o número exato de quedas, Juliana foi localizada em pelo menos três pontos distintos do penhasco. Um drone de turistas espanhóis a filmou sete dias antes da sua morte, dia 21, quando a jovem ainda estava se movendo a aproximadamente 300 metros da trilha. No dia 23, um drone equipado com sensor térmico a localizou imóvel, indicando que ela havia caído ainda mais e os socorristas estavam impossibilitados de alcançá-la devido ao comprimento inadequado da corda disponível.
Retorno do Corpo ao Brasil
O corpo de Juliana chegou ao Brasil no dia 1º de agosto, em um voo da companhia aérea Emirates Airlines. O avião aterrissou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por volta das 17h, e o translado foi feito para a Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro.