Portugal enfrenta uma situação alarmante de saúde pública, com a Direção-Geral da Saúde (DGS) reportando 69 mortes a mais do que o normal durante a atual onda de calor que assola a Europa, iniciada no fim de junho. Este aumento súbito de óbitos, que saltou para uma média diária de 287 no dia 26 de junho, destaca a severidade das condições climáticas extremas que o país está enfrentando.
A DGS detalhou que o alerta de calor começou no dia 28 de junho de 2025, e desde então foi registrado um excessivo número de mortes. “Foi detectado um excesso de mortalidade, observando 69 óbitos em excesso em Portugal Continental”, informou a DGS à agência Lusa, enfatizando a gravidade da situação.
Segundo dados preliminares, as vítimas mais afetadas são, em sua maioria, pessoas com 85 anos ou mais. A DGS também alertou que pode haver uma revisão em alta do número de mortes, já que “é previsível que se mantenha um impacto significativo do calor sobre a mortalidade nos próximos três dias”. Essas afirmações alertam para uma preocupação crescente com a saúde pública, especialmente para doentes crônicos e outras populações vulneráveis.
Recentemente, temperaturas recordes foram registradas no último fim de semana, alcançando até 46,6ºC em Beja, no Alentejo, e 46ºC em Alvega, no Ribatejo. No domingo, aproximadamente 37% das estações meteorológicas em Portugal apontaram temperaturas superiores a 40ºC.
O dia 29 de junho foi registrado como o mais quente até agora, com uma média de 38,5ºC. Diante desse cenário preocupante, a DGS divulgou orientações para ajudar a população a se proteger do calor extremo que afeta grande parte do território português.
As implicações da atual onda de calor vão além dos números, impactando a saúde e bem-estar da população. A continuidade desses padrões climáticos extremos pode apresentar desafios significativos para os serviços de saúde em Portugal nos próximos dias.