Satélite MethaneSAT Perde Contato Após 15 Meses
O satélite MethaneSAT, projetado para detectar fontes de emissões de metano em todo o mundo, sofreu um apagão repentino após apenas 15 meses em órbita. Lançado em março de 2024 com um investimento de $100 milhões do fundo de Jeff Bezos, o aparelho de $88 milhões foi declarado fora de operação pela Environmental Defense Fund (EDF) em 1º de julho de 2025, após não conseguir restabelecer contato desde 20 de junho.
Steven Hamburg, cientista chefe da EDF, afirmou que não havia sinais de problemas antes da perda de comunicação. "Não um dos meus melhores dias ou semanas", comentou Hamburg ao Science. O MethaneSAT quebrou o silêncio rapidamente após ajudar a identificar fontes industriais de emissões de metano, principalmente na indústria de petróleo e gás, necessária para abordar a questão das emissões de gases de efeito estufa.
Impacto das Emissões de Metano
O metano é um gás de efeito estufa muito potente, com um potencial de aquecimento 28 vezes superior ao do dióxido de carbono ao longo de um período de 100 anos, conforme informações da EPA. A luta contra suas emissões é parte essencial do combate às mudanças climáticas. Embora a agricultura e a decomposição de resíduos sejam fontes conhecidas, identificar pontos de emissão específicos ainda apresenta desafios.
Um Avanço em Tecnologia de Monitoramento
O MethaneSAT foi projetado para detectar emissões em campos inteiros de petróleo e gás, usando espectrômetros avançados para gerar imagens em alta resolução. Isso permitiu descobrir "vazamentos" em locais de produção. Segundo a EDF, as informações coletadas proporcionaram uma visão crítica sobre a distribuição e volume das emissões de metano liberadas.
A Legado do MethaneSAT
A EDF espera que o trabalho do MethaneSAT sirva como um legado na luta contra as emissões de metano. Os dados coletados antes do apagão continuarão a ser processados e liberados, visando ajudar governos, investidores e o público na avaliação das emissões de gás. Apesar da perda, a EDF permanece focada em usar a tecnologia desenvolvida para futuras missões.
Hamburg enfatizou que a EDF tomará um tempo para refletir antes de decidir se lançará outro satélite: "Obviamente, we sofrendo uma perda". Ele também incentivou a continuidade da inovação, destacando que a ciência e a tecnologia são fundamentais para enfrentar o desafio climático.