Polícia Civil Investiga Ataques a Ônibus em São Paulo
A onda de vandalismo que atinge o transporte público em São Paulo, especialmente na capital, contabilizou mais de 235 ônibus atacados desde junho. A Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), descartou, por enquanto, a participação de facções criminosas, como o PCC, que normalmente atuam com propósitos e reivindicações claras. O delegado Ronaldo Sayeg afirmou que, até o momento, não foram identificados os motivos por trás dos recentes atos de vandalismo.
Motivações dos Ataques: Jovens e Redes Sociais
A investigação atual foca em duas possíveis linhas de motivação para os ataques. A primeira investiga a participação de adolescentes e jovens estimulados por desafios propostos em plataformas digitais. A segunda analisa a hipótese de que empresas de transporte coletivo possam estar articulando os ataques, embora essa possibilidade ainda esteja em investigação.
Status das Investigações e Perfil dos Agressores
De acordo com o Deic, os atos de vandalismo têm gerado um desafio único para a resolução dos casos, pois não seguem um padrão específico. Os ataques têm sido conduzidos em diferentes locais da cidade, dificultando a identificação dos autores. Sayeg mencionou que, através de depoimentos de vítimas e funcionários do transporte, a polícia acredita que os agressores são predominantemente jovens, mas ainda não houve a identificação de nenhum suspeito até o momento.
Números de Ataques e Severidade dos Incidentes
Até o dia 2 de julho, a Polícia Civil contabilizou cerca de 180 ataques apenas na capital paulista, com muitos veículos tendo seus vidros quebrados por pedras. Os bairros mais afetados estão localizados na Zona Sul, incluindo endereços como a Avenida Cupecê e a Avenida Washington Luís. O corpo de funcionários da SPTrans informou que o número de ocorrências pode estar subestimado, uma vez que algumas empresas não realizaram registros de boletim de ocorrência relacionados aos ataques.
Reação das Autoridades e Operações de Segurança
A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transporte (SMT) e a SPTrans manifestaram repúdio aos atos de vandalismo e reafirmaram que estão colaborando com investigações. Simultaneamente, a Polícia Militar iniciou a Operação Impacto e Proteção a Coletivos, mobilizando mais de 7.890 policiais em todo o estado, com foco em áreas críticas. Esta operação também envolveu 12 pontos de bloqueio para abordar e reforçar a segurança dos coletivos.
Extensão dos Ataques e Implicações na Mobilidade Urbana
A onda de vandalismos não se limita à capital. Cidades da região metropolitana, como Santo André e Osasco, também foram afetadas, somando mais de 280 ocorrências desde o início de junho. Isso destaca a gravidade da situação que não só prejudica a mobilidade urbana, mas também coloca em risco a segurança de passageiros e motoristas.