O maior parque Legoland do mundo foi inaugurado em Xangai, China, atraindo milhares de visitantes e destacando o crescimento do turismo doméstico, mesmo com a desaceleração econômica que afeta o país. Com 318 mil metros quadrados, o parque marca uma nova fase na competição do setor de lazer chinês, que já conta com atrações como a do "Homem-Aranha" na Disneyland e futuros parques temáticos de Harry Potter e Peppa Pig.
Neste último sábado, a abertura do Legoland atraiu uma multidão em Xangai, reforçando a tendência de alta no turismo local. Apesar do calor, fãs de Lego se reuniram para a inauguração, ansiosos para explorar as diversas atrações. Shi, um entusiasta de 35 anos que veio de Hangzhou, expressou sua empolgação: "Eu amo brincar com Lego e temos muitos em casa. Por isso, queria vir ao Legoland o mais rápido possível".
Embora a economia chinesa tenha apresentado crescimento lento nos últimos anos, dados oficiais indicam que o mercado turístico nacional cresceu 18,6% no primeiro trimestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse cenário impulsiona a oferta de atividades de lazer, tornando a concorrência ainda mais acirrada. Recentemente, foram lançadas novas atrações como a do Homem-Aranha e estão em andamento projetos de parques da Warner Brothers e Peppa Pig.
Com o aumento do número de atrações, o Legoland deverá enfrentar uma batalha acirrada no mercado de entretenimento. Em Xangai, a Disneyland também se destaca com sua nova atração do Homem-Aranha, e está previsto um parque de Harry Potter para 2027. Além disso, a Hasbro anunciou o desenvolvimento de um grande parque temático da Peppa Pig, cuja fase de design criativo já está em andamento.
Apesar do otimismo e do crescimento no turismo, a rentabilidade continua a ser um desafio, especialmente para parques com marcas menos conhecidas. Segundo a imprensa estatal, quase 40% dos parques na China ainda não registraram lucros até o final de 2024.
Essas realidades indicam que, apesar do êxito inicial da Legoland, a manutenção do interesse do público e a rentabilidade no longo prazo serão cruciais para a sustentabilidade do parque e de outros novos empreendimentos no setor de lazer no país.