O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza, neste domingo, a eleição que escolherá seu novo presidente, além dos líderes de diretórios estaduais e municipais. Edinho Silva, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é o favorito neste pleito que movimenta cerca de 2,9 milhões de filiados. A apuração, que será centralizada em Brasília, deve concluir na segunda-feira.
O novo presidente está previsto para tomar posse em agosto, sucedendo Humberto Costa. O partido, por meio do voto direto dos filiados, não apenas definirá sua nova liderança, mas também a composição do comando nacional que terá papel fundamental nas estratégias eleitorais para 2026, quando Lula deve lançar sua candidatura à reeleição.
Os militantes têm a oportunidade de votar, além da presidência, em qual corrente interna do PT melhor representa suas ideias. As quatro principais correntes são: Construindo um Novo Brasil, liderada por Edinho Silva, Novo Rumo, de Rui Falcão, Articulação de Esquerda, de Valter Pomar, e Movimento PT, de Romênio Pereira. A corrente com maior percentual de votos terá maioria nas 90 cadeiras do diretório nacional, influenciando decisivamente as decisões da legenda.
Após a formação do diretório, serão escolhidos membros para a executiva nacional, o grupo responsável pelas decisões finais do partido. Com o cenário se desenhando, a expectativa é que Edinho Silva, conhecido por sua aproximação com o centro político, busque fortalecer alianças e reconstruir relacionamentos com políticos e partidos que têm se distanciado do governo.
Entre as estratégias previstas, pretende-se aumentar a segurança do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e apoiar pautas que envolvem ajustes fiscais. Essas ações visam reestabelecer ligações com o mercado financeiro e com o presidente da Câmara, Hugo Motta, que se afastou do governo no último período.
Enquanto as urnas se encerram, a escolha do novo presidente não é apenas uma questão interna, mas uma movimentação que pode redefinir o cenário político do Brasil nos próximos anos, com implicações diretas nas eleições de 2026.