O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu apoio do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, demonstrando contentamento ao responder a uma postagem de Trump sobre a situação política no Brasil. Recentemente, Trump usou suas redes sociais para criticar o que considera uma "caça às bruxas" às autoridades brasileiras contra Bolsonaro. O ex-presidente brasileiro destacou que Trump é "um grande chefe de Estado com o qual convivi por dois anos, sempre defendendo nossas nações e a liberdade".
Bolsonaro descreveu o processo no qual está sendo acusado como "uma aberração jurídica, clara perseguição política já percebida por todos de bom senso". Ele expressou seu agradecimento a Trump em uma mensagem, citando que o ex-presidente dos Estados Unidos havia enfrentado perseguições semelhantes e glorificou a luta de Trump por paz, justiça e liberdade.
Trump também criticou as ações do Brasil em relação a Bolsonaro, afirmando que o país "está agindo de forma terrível no tratamento dado ao ex-presidente". Em sua postagem na plataforma Truth Social, ele alegou que a perseguição a Bolsonaro era constante e injustificada, ressalvando a imagem de Bolsonaro como um líder forte que amava seu país e se destacou no comércio.
A declaração de Trump se dá no mesmo momento em que ele lançou uma ameaça contra os países envolvidos com o Brics, afirmando que qualquer nação vinculada ao bloco sofrerá imposição de impostos adicionais. O Brasil, que atualmente preside o Brics, realiza reuniões no Rio de Janeiro neste final de semana, e a declaração de Trump foi interpretada como alerta pelo Itamaraty, em meio a preocupações sobre o futuro político de Bolsonaro.
Em resposta a Trump, o presidente Lula utilizou a plataforma X para afirmar que a defesa da democracia no Brasil é um tema que deve ser tratado pelos próprios brasileiros. Ele explicitou que o Brasil é um país soberano e não aceita interferência externa em seus assuntos internos.
A ministra Gleisi Hoffman também comentou a postagem de Trump, argumentando que o presidente dos EUA está equivocado ao pensar que pode interferir no sistema judicial brasileiro. Segundo ela, "o tempo em que o Brasil foi subserviente aos EUA foi o tempo de Bolsonaro", enfatizando que o ex-presidente deve responder pelos crimes cometidos contra a democracia no Brasil.
Gleisi ainda refutou a alegação de perseguição judicial, afirmando que não se pode falar em perseguição quando um país soberano cumpre o devido processo legal. Jorge Messias, advogado-geral da União, reforçou a ideia de que "soberania não se negocia", ressaltando que o Brasil é uma nação livre e democrática que rechaçará qualquer interferência externa em seus assuntos internos.