O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, anunciou que a construção da nova Vila Belmiro só será iniciada após a arrecadação de R$ 600 milhões. A decisão foi revelada durante uma audiência pública realizada no salão de mármore do estádio, destinada a discutir o impacto das grandes obras que estão por vir.
Teixeira afirmou que a demolição atual da Vila só ocorrerá quando o clube garantir o montante completo necessário para a construção da nova arena. A arrecadação se dará principalmente através da venda de cadeiras e camarotes, em parceria com a construtora WTorre, responsável pelo projeto.
"O Santos não quebrará um tijolo da Vila Belmiro apenas com o seguro, que é obrigatório. Só faremos quando atingirmos o valor total da obra. Quando alcançarmos esse montante, teremos segurança", declarou o presidente, que evitou precisar uma data para o início das obras.
A parceria entre o Santos e a WTorre calcula que será possível alcançar os R$ 600 milhões com a venda de seis mil lugares. Teixeira destacou que fatores como a inflação foram considerados na estimativa, o que, potencialmente, poderá reduzir o custo final da obra. "O Santos não quer risco. O concreto aumentou? Tomamos precauções para que não precisemos de R$ 600 milhões; por isso, o valor estimado pode ser até menor", explicou.
Nesta audiência, também foram abordados os impactos da demolição e construção do novo estádio. O contrato entre o Santos e a WTorre está em andamento, com ajustes feitos recentemente. A nova instalação terá um campo com grama natural, e o clube aguarda autorizações da prefeitura para avançar.
Curiosamente, Marcelo Teixeira sublinhou a importância da participação dos torcedores na compra das cadeiras e camarotes para viabilizar o projeto. Ele mencionou que ações de marketing estão sendo desenvolvidas para atingir diferentes públicos, incluindo empresas e entidades. "Existem várias oportunidades para o Santos conseguir arrecadar essa quantia", concluiu Teixeira.