Alípio João Júnior, um fazendeiro de 58 anos em Ribeirão Preto (SP), foi preso novamente nesta quarta-feira (16) após a Justiça decretar sua prisão preventiva. O Ministério Público (MP) classifica Alípio como um "perigo para a sociedade" e fundamentou seu pedido em um histórico de ameaças e comportamentos violentos.
Em junho deste ano, Alípio já havia sido preso por disparar uma arma de pressão contra um jovem em um shopping, mas foi liberado em poucos dias. No entanto, a situação se agravou quando vizinhos relataram ameaças, resultando na nova determinação judicial.
A prisão ocorreu quando Alípio estava a caminho de uma consulta médica. Ele foi abordado na Avenida Doutor Francisco Junqueira e levado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) para prestar depoimento. De acordo com a Polícia Militar, o MP solicitou a prisão devido a crimes como perturbação do sossego, ameaças, coação, perseguição e injúria, incluindo modalidades de injúria racial e homofóbica.
O juiz responsável pela decisão destacou o histórico criminal de Alípio e a gravidade das ameaças, que incluíam ameaças de morte direcionadas ao síndico do condomínio e sua família. O magistrado ressaltou que as circunstâncias justificam a prisão para garantir a ordem pública e a segurança das vítimas, dado que as penas somadas poderiam ultrapassar quatro anos.
Além de seus problemas com a vizinhança, Alípio também é acusado de agressão e abuso contra uma mulher com quem esteve envolvido há dez anos. A vítima, que anteriormente não havia dado continuidade ao caso por medo, decidiu relatar os abusos recentes. Ela descreveu episódios de violência e a angustiante experiência de ser mantida em cárcere privado, onde sofreu agressões físicas e abusos.
Recentemente, moradores do condomínio registraram novas queixas contra Alípio, denunciando ameaças e episódios de violência. O fazendeiro teria enviado mensagens de áudio em que expressava intenções de matar a filha de um vizinho e explodir apartamentos devido a incômodos, revelando um comportamento extremamente agressivo e intimidatório.
O caso de Alípio João Júnior levanta questões sobre a segurança e a proteção de indivíduos vulneráveis em situações familiares e comunitárias, com o MP prorrogando medidas para evitar que situações de violência se agravem ainda mais.