Investigação sobre Empregados no Gabinete de Hugo Motta
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, está no centro de uma polêmica envolvendo a contratação de funcionárias com cargos incompatíveis para as atividades parlamentares. O caso foi revelado pela Folha de S.Paulo e levou o Ministério Público a solicitar uma investigação ao Tribunal de Contas da União (TCU) devido a indícios de má gestão de recursos públicos.
A reportagem destaca que Motta empregou três funcionárias em seu gabinete, todas recebendo salários elevados para funções que não condizem com suas qualificações. Entre elas, uma fisioterapeuta, uma estudante de medicina e uma assistente social. A fisioterapeuta receberia um salário bruto de R$ 11,8 mil.
Contratações Irregulares e Impactos Financeiros
As mulheres foram contratadas para o cargo de secretário parlamentar. Contudo, de acordo com as normas do cargo, a jornada de trabalho deve ser de 40 horas semanais, e é proibido exercer outra função pública simultaneamente. A investigação levanta a questão sobre a efetividade da fiscalização nas contratações, visto que não há controle eletrônico de ponto na Câmara. A reportagem indica que, após ser contatado pela imprensa, Motta decidiu demitir duas das funcionárias.
Uma das contratadas, Gabriela Pagadis, é filha de sua chefe de gabinete e foi incorporada ao quadro em 2017, mantendo seu alto salário. Outra funcionária, Louise Lacerda, é estudante e filha de um ex-vereador, recebendo R$ 2,8 mil por seu trabalho na Câmara mais R$ 1,8 mil em auxílios. A terceira, Monique Magno, também possui vínculos com a administração pública, atuando como assistente social na Prefeitura de João Pessoa, enquanto recebe R$ 1,8 mil da Câmara.
Pontos de Vista e Reações
Os valores indicam que a União gastou aproximadamente R$ 112 mil apenas em 2025 com as três funcionárias do gabinete de Motta. Enquanto isso, uma pesquisa da Quaest revela que a maioria dos deputados federais avalia a presidência de Hugo Motta como positiva. No entanto, a situação atual levanta questões sobre a transparência e a ética nas práticas de contratação dentro do governo.
Até a última atualização, a assessoria de Motta não havia se manifestado sobre as alegações de irregularidades. A continuidade da investigação poderá trazer à luz mais detalhes sobre a gestão do deputado e o uso de recursos públicos em sua administração.