Incidente no Museu Pompidou
Um incidente inusitado ocorreu no Museu Pompidou de Metz, na França, onde um visitante comeu uma banana que fazia parte de uma obra de arte avaliada em US$ 6,2 milhões. O episódio aconteceu no último sábado, dia 12, mas a notícia foi divulgada pelo museu apenas na última sexta-feira, dia 19. A banana, presa com fita adesiva na parede, é uma criação do artista italiano Maurizio Cattelan, chamada de "Comedian".
Detalhes da Obra
Dona de um valor expressivo, a obra foi comprada em 2024, na cidade de Nova York. Após o ato do visitante faminto, a equipe de segurança do museu interveio rapidamente e reinstalou a obra em poucos minutos, conforme informado pela administração do local.
Reação do Artista
O artista Maurizio Cattelan expressou sua decepção ao saber que o visitante não comeu a casca e a fita que acompanhavam a banana. Em suas palavras, "a pessoa confundiu a fruta com a obra de arte", ressaltando o caráter performático que a obra parece induzir.
Polêmica na História de "Comedian"
A obra de Cattelan já despertou controvérsias desde sua estreia na Art Basel de 2019, em Miami. Originalmente vendida por US$ 120.000, ela se tornou um símbolo das absurdidades do mercado de arte contemporânea. Notadamente, em 2019, o artista performático David Datuna também comeu a banana no evento, justificando o ato ao afirmar que tinha ficado com fome ao ver a atração.
Vínculos e Críticas ao Mercado da Arte
Recentemente, o bilionário Justin Sun fez questão de consumir a banana de sua própria obra, que ele adquiriu por US$ 6,2 milhões, em novembro de 2024, em Hong Kong, celebrando o ato em frente às câmeras. Cattelan utiliza suas obras comestíveis para criticar o mercado da arte, afirmando que é centrado em especulações que não favorecem os artistas.
Outras Criações Polêmicas
Além da banana, Cattelan também é famoso por ter criado um vaso sanitário de ouro de 18 quilates, chamado "América", que se tornou alvo de roubo em 2020. Na época, a obra fazia parte de uma exposição no Palácio de Blenheim e, após o furto, mesmo com a prisão dos ladrões, nenhum dos materiais foi recuperado. Essa trajetória diversificada de sua obra reitera a natureza provocativa de Cattelan no mundo da arte.