CEO da Ubisoft aborda acesso a jogos antigos
Yves Guillemot, CEO da Ubisoft, fez uma declaração polêmica ao afirmar que os jogadores não devem esperar ter acesso vitalício a jogos antigos. Esta afirmação surge como resposta à campanha Stop Killing Games, que busca a proteção do acesso a títulos descontinuados junto à União Europeia.
Campanha Stop Killing Games cobra acesso contínuo
A campanha, que vem ganhando força na Europa, está mobilizando jogadores e apoiadores para pressionar a UE a legislar sobre o direito de manter acesso a games, mesmo após a descontinuação por parte das empresas. A resposta de Guillemot à campanha foi clara: “Nada é eterno”.
Decisões da Ubisoft e reações dos jogadores
O movimento foi inicialmente catalisado por uma decisão da Ubisoft em março de 2024, quando a empresa desativou os servidores do jogo The Crew, tornando-o inacessível. Essa ação gerou revolta entre os consumidores, alguns dos quais chegaram a processar a empresa, que afirmou que o que é vendido é uma licença limitada de acesso, e não a propriedade do jogo em si.
Declaração em reunião com acionistas
A fala de Guillot ocorreu em uma reunião com acionistas, onde ele declarou que, embora a Ubisoft se esforce para oferecer suporte a jogos antigos, o acesso vitalício não pode ser garantido. Ele ressaltou, “Esse tipo de problema não é específico da Ubisoft. Todas as editoras enfrentam isso.”
Modelo de negócios e futuro dos jogos
Além disso, a discussão sobre a natureza dos jogos como "produtos" ou "serviços" tem ganhado destaque, especialmente com movimentos no setor de integrar mais a nuvem nos próximos consoles, como sinalizado pela Microsoft. Essa mudança de paradigma é vista como uma crítica ao modelo tradicional de venda de jogos.
Medidas legais e petição em andamento
Para evitar complicações legais, recentemente, a Ubisoft atualizou seu contrato de licença, exigindo que os jogadores destruam cópias dos jogos caso o suporte termine. A petição Stop Killing Games já acumula mais de 1,4 milhão de assinaturas, e ganhou apoio de figuras políticas como Nicolae Ștefănuță, vice-presidente do Parlamento Europeu, que defende que os jogos vendidos pertencem aos compradores.
Essa controvérsia destaca o conflito entre consumidores e empresas no setor de jogos, levantando questões importantes sobre propriedade e direitos no mundo digital.