Em um momento tenso na audiência que investiga laços entre o ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, e a trama golpista de 8 de janeiro de 2023, o juiz auxiliar Rafael Henrique Tamai Rocha se envolveu em um conflito direto com o advogado Jeffrey Chiquini.
Na última segunda-feira, 24 de julho, Chiquini reclamou de uma interrupção feita por Danilo David Ribeiro, advogado de Fernando Sousa de Oliveira, e alegou que a condução da sessão deveria ser de sua responsabilidade. "O senhor não está com a palavra. Agora chega. O senhor aguarde para falar, já que a presidência da audiência é minha", enfatizou Tamai Rocha, reprovando a atitude do advogado Chiquini.
O conflito surgiu quando Ribeiro formulou uma pergunta ao ex-secretário adjunto de segurança pública do Distrito Federal sobre um suposto relacionamento de Martins com outros envolvidos na trama golpista, gerando um clima intenso na sala de audiência. Chiquini interveio, chamando atenção para a abordagem do advogado da parte contrária, mas foi imediatamente silenciado pelo juiz, que reafirmou seu controle sobre o andamento da audiência.
O juiz deixou claro que não hesitará em atuar firmemente para manter a ordem no tribunal, afirmando: "Isso é uma questão de salientar. A presidência é minha, não de nenhum advogado de parte. Nunca negarei a palavra a um advogado".
As tensões aumentaram na sala de audiência, evidenciando o clima conturbado que envolve os processos relacionados a eventos e personagens importantes no cenário político brasileiro.
Este desentendimento ilustra não apenas a gravidade dos assuntos em discussão, mas também as complexidades que advogados e juízes enfrentam ao lidar com casos de grande repercussão pública.