Manifestação Em Busca de Justiça
Familiares e amigos dos 12 estudantes universitários que perderam a vida em um trágico acidente de ônibus em fevereiro deste ano se reuniram nesta quinta-feira (24) em frente ao Fórum de Nuporanga, São Paulo. A manifestação ocorre no contexto da primeira audiência do caso, onde se busca responsabilização pelo ocorrido. Evandro Rogério Leite, motorista do caminhão envolvido, é acusado de 12 homicídios culposos e outros crimes.
Acidente e Acusações
O incidente, que ocorreu na Rodovia Waldir Canevari (SP-355/330), deixou um rastro de dor e indignação. O ônibus, que transportava 29 estudantes e um motorista, foi atingido frontalmente por um caminhão que invadiu a pista oposta. Após a colisão, o veículo escolar ficou severamente danificado e 12 vidas foram tragicamente perdidas.
Detalhes da Audiência
A audiência foi organizada para colher depoimentos e discutir as evidências do caso. Durante a sessão, 17 testemunhas foram ouvidas, assim como o réu Evandro e a defesa. Os detalhes apresentados pela perícia indicaram que o caminhão estava em velocidade excessiva e culpou um declive na pista como a principal causa do colapso. Evandro, de 51 anos, já havia feito o teste do bafômetro, que resultou negativo.
Depoimentos Emocionantes
O luto é palpável entre os familiares. Lidia Maria Neves Espanhol, mãe de Juliana, uma das vítimas, expressou sua dor: "Eu durmo pensando nela. Todos os dias eu acordo e peço a Deus força”. Seus testemunhos refletem a tristeza e a luta pela justiça em nome dos que perderam suas vidas.
Consequências e Repercussão
Após o incidente, além das 12 mortes, outras 19 pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas. O acidente gerou uma onda de solidariedade e comoviu a população local, recebendo cobertura na mídia nacional. A apresentadora Ana Maria Braga também se manifestou em apoio às vítimas, destacando a gravidade do que ocorreu.
Perspectivas Futuras
A decisão judicial relativa ao caso deve ser divulgada nas próximas semanas e traz a expectativa de que se faça justiça. A mãe de outro estudante falecido, Expedita Francinilda de Souza Saraiva, disse: "A vida da gente não vai voltar a ser como antes, mas a gente espera que a justiça seja feita." As memórias dos universitários perdidos continuarão a provocar reflexões sobre segurança nas estradas e a responsabilidade dos motoristas.