Reflexões sobre a Experiência em Butão
No último mês de maio, participei de uma viagem a Butão com amigas, uma experiência pautada pelo turismo organizado que, apesar de seus atrativos, não me fez mudar de ideia sobre esse estilo de viagem. Embora tenha viajado por mais de 50 países, era a primeira vez que optava por um tour organizado, atraída pela obrigatoriedade de ter um guia credenciado em certas áreas do país.
O que se revelou como uma decisão acertada, pois o nosso guia, com mais de 30 anos de experiência, se mostrou uma fonte de conhecimento impressionante sobre a história e cultura locais. Ele respondeu a todas as nossas perguntas de maneira exemplar, desde o conceito de Felicidade Nacional Bruta até detalhes sobre o famoso mosteiro Tiger's Nest e o valioso fungo cordyceps, coletado por alguns moradores. Ter alguém com tanto conhecimento facilitou nossa imersão e gerou um contato mais próximo com a cultura local, especialmente durante nossas estadias com famílias nos locais mais remotos, onde o guia traduziu para nós.
Conveniência vs. Falta de Flexibilidade
A experiência de ter um guia foi, sem dúvida, conveniente, já que pude relaxar enquanto ele cuidava dos detalhes logísticos da viagem. No entanto, isso veio acompanhado de uma rigidez que não combina com meu estilo de viajar. Costumo evitar roteiros rígidos, prezando por encontros espontâneos que podem transformar a viagem. O tour organizado limitou essas oportunidades, mesmo que nosso guia tenha sido flexível em algumas situações, como quando decidimos ir ao rafting, que não estava no plano inicial.
Outro ponto que pesou minha decisão são os custos associados aos tours organizados, que costumam ser significativamente mais altos do que viajar de forma independente. No tour que escolhemos, o preço por pessoa era elevado, o que não se alinha com meu histórico de viagens econômicas, onde posso decidir onde gastar e onde economizar.
Tendências Futuras e Considerações
Apesar das experiências positivas que tive em Butão, não sinto que farei outro tour organizado em um futuro próximo. A viagem foi valiosa, e a presença do guia foi essencial em um destino tão especial. Porém, enquanto estiver na faixa dos 40 anos e em busca de uma flexibilidade maior nas minhas aventuras, prefiro viajar de forma independente. No futuro, quando estiver mais velha, posso reconsiderar os tours organizados. Com um planejamento mais tranquilo e um orçamento mais folgado ao me aposentar, uma programação pré-definida pode se tornar uma opção atraente.